Uma boa e uma má notícia. A má primeiro, claro: O Incrível Hulk não é nenhum Homem de Ferro. Mas a boa: também passa longe de ser um Elektra.
O filme do verdão tem seus problemas, especialmente no confronto narrativo Homem (Edward Norton) versus Monstro (Marvel), que vamos discutir com detalhes na crítica, mas acerta em dar aos fãs o que eles esperam do herói. A pancadaria é ótima e há aquela integração com o Universo Marvel que enche os olhos dos fãs da editora.
hulk
Sim, Tony Stark (Robert Downey Jr.) aparece. Sim, fala-se novamente dos Vingadores e a SHIELD tem papel de destaque. A fase de Bruce Jones no comando do gibi do monstro é lembrada. Stan Lee e Lou Ferrigno (que até dubla o Hulk) têm boas cenas. O Capitão América não aparece fisicamente (como o diretor Louis Leterrier deu a entender), mas certamente está lá em espírito. O que isso significa, só vendo o filme. Não vamos estragá-lo. ;-)
Outro ponto de especial interesse aos brasileiros é a cena na favela carioca Tavares Bastos - o "Hulk in Rio" - que no filme aparece dublando a Rocinha. Ela tem um quê de Tropa de Elite e Cidade de Deus que diverte. São cenas competentes, muito provavelmente inspiradas nos dois filmes citados. O problema é a falta de coragem do diretor em colocar brasileiros nos papéis com falas (a única exceção é a lindíssima Débora Nascimento). O resultado: português agringalhado, que a Paramount sabiamente dublou por cima aqui. Ficou meio com cara de propaganda da L'Oréal, mas tudo bem.
Enfim, a Marvel segue fazendo um arroz com feijão bem temperado. Quando você abre um gibi da editora sabe exatamente o que esperar dele. No cinema não é diferente. Agora que seus dois primeiros filmes estão nas telas, fica claro que todas as produções seguirão a mesma linha. Essa opção tem prós e contras, mas ao menos garante aos fãs que seus personagens mais queridos passarão do papel ao filme com a mesma dignidade conquistada ao longo de quase cinco décadas.
O Especial Hulk vem aí - e cheio de novidades exclusivas. Aguarde!