A
20th Century Fox e a Universal Pictures
decidiram interromper a produção de Halo, adaptação para as
telonas dos videogames da Bungie/Microsoft.
O problema, oficialmente, seria o aumento do orçamento - que, segundo rumores, já estaria passando a casa dos 200 milhões de dólares. O valor original era de 135 milhões. Adicione aí a fatia de bilheteria que a Microsoft exigiu levar, mais o risco de ter um diretor estreante, Neill Blomkamp, e dá pra ter uma idéia do contexto.
Peter Jackson (O senhor dos anéis) é o produtor-executivo do filme. O seu agente, Ken Kamins, deu a sua versão à Variety. O que aconteceu foi: a Universal, pelo bem dos dois estúdios, pediu uma reunião com os realizadores às vésperas do dia de um grande pagamento da produção. Basicamente, eles disseram que os custos deveriam diminuir para que o filme seguisse de pé.
Os estúdios esperaram até o último minuto para ter essa conversa. Peter e Fran [Walsh, parceira de Jackson na Weta Digital], depois de falar com seus parceiros na Microsoft e na Bungie, respeitosamente recusaram [os ajustes], completa Kamins.
O tal dia de pagamento foi o último domingo, 15 de outubro, quando a Microsoft deveria ter recebido 5 milhões de dólares por ceder o direito de uso da marca Halo e para pagar o roteiro de Alex Garland. Dentro do acordo a companhia de Bill Gates levaria também 10% do total arrecadado no cinema. Não é difícil concordar com a Fox e a Universal, considerando ainda que adaptações de videogames não costumam arrastar multidões. Cada estúdio bancaria sozinho quase 100 milhões de produção e ficaria, depois da divisão, com apenas 45% dos lucros.
Como diria David Brent: Do the math.
As filmagens deveriam começar em 2007 em Wellington, Nova Zelândia. A cidade é a sede da Weta Digital e Weta Workshop de Peter Jackson, que, além de abrigar seu estúdio e escritórios de pós-produção, alocaria todos os seus empregados no longa.
Com a mudança, fica incerto o futuro do filme e abre-se um buraco na agenda concorrida da Weta.
