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Meu Nome é Taylor, Drillbit Taylor

Tem roteiro do Seth Rogen e produção do Judd Apatow. Só faltou o McLovin...

10.04.2008, às 00H00.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 13H35

Quando Superbad (2007) chegou aos cinemas do Brasil, era época da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, aquela loucura de sempre, e por isso acabei sendo o único dos Cozinheiros a ver o filme na telona. Passados alguns meses, quando aportou nas locadoras, levei uma bronca: Como pude esquecer de indicar o McLovin para a categoria (o)Melhor Herói na votação do fim de ano? É, vacilei... Mas tudo isso era para dizer que Meu Nome é Taylor, Drillbit Taylor (Drillbit Taylor, 2008) é - guardadas as devidas proporções - um prólogo não oficial de Superbad.

Enquanto Superbad mostrava o último dia de um trio no colegial em um tom meio nostálgico e de despedida da adolescência, Drillbit Taylor é focado em três púberes no início desta mesma fase - cheios das inseguranças naturais de quem está crescendo e mais aquelas de chegar em um ambiente totalmente novo e tentar se encaixar. Por ser um filme feito para um público mais jovem, a obsessão pelo sexo no fim das aulas dá lugar ao sonho de achar alguém legal com quem dividir os próximos anos. Nesta época, um beijo já quer dizer muita coisa!

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A lista de semelhanças ainda vai longe e não é gratuita, já que o mesmo Seth Rogen (Ligeiramente Grávidos) trabalhou no roteiro, que foi igualmente produzido pelo novo midas das comédias estadunidenses, Judd Apatow (O Virgem de 40 Anos). Trocam-se os atores, mas os protagonistas também são um gordinho tarado, seu melhor amigo nerd, magricelo e desengonçado e um terceiro elemento que nem é tão chegado, mas não desgruda dos dois principais.

A principal diferença é o Drillbit Taylor que dá título à comédia, interpretado por Owen Wilson. Fruto da "fauna" existente em todos os colégios (pelo menos todos os que aparecem na televisão, cinema ou literatura estadunidenses), o fortão do local decide pegar no pé dos calouros. Sabendo que não têm como revidar com suas próprias mãos, eles decidem fazer o que fazem os adultos magricelas, nerds e desengonçados: contratam um guarda-costas. Mas o limitado orçamento dos três só é suficiente para convencer Taylor, um ex-militar que decide não contar a eles que hoje vive mendigando e dando pequenos truques pelas ruas de Los Angeles.

A confusão piora quando Taylor, ao descobrir o café e biscoito gratuitos na sala dos professores, se mistura aos outros docentes - e assim mantém os olhos nos seus protegidos. Pronto, as mentiras vão criando situações insustentáveis que vão culminar em um conflito. E cada um vai para o seu lado, até que apareça o momento da união e superação. Aquela fórmula de sempre, que funcionou nos clássicos oitentistas Cuidado com o Meu Guarda-Costas (My Bodyguard, 1980) e Te Pego Lá Fora (Three O'Clock High, 1987), e continua valendo até hoje.

Voltado a um público mais novo - ou mais "família" - Drillbit Taylor não tem a pimenta que temperava Superbad. Sobram os esforçados Troy Gentile e Nate Hartley (respectivamente o gordinho e o magricelo) e o carisma de Owen Wilson. E para ele isso é pouco, já que seu personagem aparece sozinho no título e no pôster e - ao menos dessa vez - não seria páreo em uma disputa contra o já lendário McLovin.

Assista a nove clipes da comédia

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