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O Despertar de Uma Paixão

Edward Norton e Naomi Watts estrelam o romance

22.06.2007, às 00H00.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 13H26

Na tentativa de conseguir indicações ao cobiçado Oscar, O Despertar de Uma Paixão (The Painted Veil, 2006) foi lançado nos últimos dias de 2006 em circuito restrito nas cidades de Los Angeles e Nova York. A crítica estadunidense, em geral, gostou muito e disse que sentia cheiro do tal careca dourado. Que não veio. Um dos poucos prêmios importantes que conseguiu recolher pelo caminho foi o Globo de Ouro pela Trilha Sonora Original.

Difícil afirmar com todas as letras quais foram os motivos pelo "fracasso" na busca do Oscar. O filme tem duas estrelas de renome, que por acaso também são ótimos atores, conta com uma bela fotografia e ambientação de época. Uma das razões pode ser a linha narrativa diferente do habitual, que leva o casal de protagonistas a se conhecer melhor quando o mais provável era a separação.

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O projeto era algo que estava engavetado na prateleira de Edward Norton desde 1999, quando decidiu assumi-lo como produtor. Em 2001, a igualmente ótima Naomi Watts entrou para a equipe também como produtora e protagonista. Sem grande sucesso na hora de conseguir financiamento, eles mantiveram o projeto em stand by até 2003, quando a Warner Independent entrou na jogada, garantindo as verdinhas necessárias para a realização.
A história é uma adaptação do romance O Véu Pintado, de W. Somerset Maugham, de 1925, e retrata a China do início do século. Norton interpreta o bacterologista Walter Fane. Sua esposa é Kitty (Watts), que viu no casamento a chance perfeita para sair de baixo da asa de sua mãe. O desinteresse pelo marido leva a um caso extraconjugal. Ao descobrir, Walter dá duas opções à esposa infiel: se junta a ele em uma viagem ao interior da China e depois ele assina sua separação, ou ganha o divórcio taxada como adúltera.

Com a viagem para o coração do Oriente, onde Walter trabalha em áreas empesteadas por uma epidemia de cólera, Kitty vai finalmente descobrindo o marido e o que fazer com sua vida. No pano de fundo desta viagem, está o colonialismo que o ocidente impõe sobre os outros países. Tudo isso é contado com um ritmo lento, em 124 minutos de película. Não é o lento-contemplativo como os filmes chineses. É um lento proposital, de quem tentou fazer um filme independente, "europeizado", mas falhou.

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