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O Mágico de Oz | 75 anos

Relembre um dos clássicos absolutos da sétima arte

11.08.2014, às 10H34.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 15H23

L. Fran Baum publicou, em 1901, sua obra mais singular: O Maravilhoso Mágico de Oz. Antes do seu falecimento, em 1919, foram produzidas dezenas de adaptações fílmicas inspiradas nos contos do mundo de Oz, mas nenhuma delas foi tão significativa para a história do cinema quanto a versão de 1939.

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O magico de Oz

Entre as mais relevantes, há O Feiticeiro de Oz, versão que fez certo sucesso em 1925 (veja logo abaixo) e, mais recentemente, uma superprodução da Disney, que trouxe a história sobre a origem do feiticeiro em Oz: Mágico e Poderoso, de 2013, estrelada por James Franco e dirigida por Sam Raimi. Entretanto, a única capaz de criar uma nova legião de fãs a cada geração é a produção da MGM, que completa 75 anos neste mês de agosto.

Com um elenco poderoso, o filme trazia a jovem Judy Garland como a protagonista Dorothy - com 17 anos na época, a atriz precisou usar um desconfortável espartilho para parecer ainda mais nova, escondendo seus seios e curvas. No filme, a menina cansada da vida da fazenda no Kansas, depois de ser levada por um tornado em uma tempestade, é transportada com seu cachorrinho Totó para o mundo de Oz, onde passam por muitas desventuras - como aterrissar na bruxa má do leste - e fazem grandes amigos: um leão que busca coragem (Bert Lahr), um espantalho que anseia por inteligência (Ray Bolger) e um homem de lata (Jack Haley), que só quer ter um coração.

magico de oz

Além destes personagens, facilmente identificados no imaginário popular, há outros elementos que se tornaram clássicos para todo um universo de fantasia, como as bruxas más do leste e do oeste, a fada Glinda (Billie Burke), os sapatinhos vermelhos (que no livro eram prateados), os malvados macacos alados, os pequenos Munchkins, a estrada de tijolos amarelos e próprio mágico Oz (Frank Morgan), de ética dúbia, meio charlatão, mas de bom coração.

o magico de oz

O sucesso do filme foi consequência da adaptação de uma obra literária que já era um best-seller, combinada a uma trilha sonora impecável (vencedora do Oscar em 1940) e uma canção arrebatadora. Também vencedora do Oscar, "Somewhere Over The Rainbow" quase ficou de fora do filme pois a Warner Bros. achava que a música era triste demais e tornava o trecho inicial no Kansas muito longo.

Com técnicas inovadoras na produção, O Mágico de Oz foi também um dos primeiros longas-metragens a utilizar o sistema Technicolor para colorir o filme, mesclando trechos em preto e branco propositalmente para induzir o espectador a entender situações diferenciadas da vida da personagem central: sua realidade em tons de cinza e o mundo imaginário, cheio de cor.

magico de oz

O Mágico de Oz é um dos clássicos absolutos da sétima arte cuja relevância é confirmada a cada cópia restaurada e adaptações derivadas. No ano passado, ganhou uma versão em Blu-ray quádrupla, celebrando os seus 75 anos, que incluía cópias restauradas e em 3D (veja aqui) e mostrava que o espetáculo visual do filme continua impressionante em novas mídias e em alta definição. Já a influência do longa pode ser vista mesmo em adaptações bastante diferentes da criação original de L. Fran Baum, como a minissérie de 2007, com Zooey Deschanel fazendo uma moderna Dorothy, e Wicked, o musical baseado no livro de 1995 escrito por Gregory Maguire sobre a amizade de Elphaba, a bruxa má do Oeste e Glinda.

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Uma obra-prima eterna, para ser ser vista e revista (mesmo que acompanhada de The Dark Side of the Moon). Curta o filme e lembre-se: “There's no place like home!”.


João Colombo é editor-chefe do Cinema Sem Frescura

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