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Omeleca: <i>Willard</i> e <i>Ben, o rato assassino</i>

Omeleca: <i>Willard</i> e <i>Ben, o rato assassino</i>

25.09.2003, às 00H00.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 13H14
Se o terror no cinema se consolidou nas décadas de 60 e 70, mesmo com produções lamentáveis, Alfred Hitchcock soltou uma pérola em 1963 com Os Pássaros. O resultado deu idéias para que produtores espertalhões copiassem o estilo. Vieram abelhas, vespas, cobras, formigas e até tomates. E no meio disto tudo teve Calafrio (Willard, 1971), a primeira versão do longa que agora ganha um remake à altura.

Baseado no romance Ratmans Notebook (1968), do obscuro Stephen Gilbert, Calafrio é um clássico. Não só por seu enredo bizarro mas pelo elenco memorável, pela direção de Daniel Mann e pelas continuações que surgiram. E também por ser um clássico da televisão, das madrugadas insones regadas a ratos assassinos.

No original, o próprio Gilbert fez o roteiro que entregou para Mann. Bruce Davison (hoje conhecido por seu papel como o Senador Robert Kelly, em X-Men), um lourinho loser típico, é Willard. Seu chefe é ninguém menos que Ernest Borgnine. E a deslumbrante Sondra Locke, musa loura suburbana do horror trash, também faz sua parte. Foi uma escolha a dedo, cumprindo todas as etapas para um típico filme de terror.

O enredo é espetacular. Mas acima de tudo, a idéia mais marcante é a morte de Borgnine, vestido com uma peculiar calça vermelha de poliéster. Ou o olhar agoniante de Ben, a ratazana cinza, quando Socrates, o ratinho branco, é assassinado! Um rato artista! Sentiu o drama? É neste naipe que Calafrio é feito.

Ben, o rato assassino

A seqüência, Ben, o rato assassino (Ben, de Phil Karlson, 1972) é outra pérola. A mesma idéia do garoto tímido e recolhido que adota um ratinho e se vê com o demo mouse em pessoa. Só que, desta vez, Ben inunda a cidade com seus seguidores vorazes antes de se tornar amigo de David (Lee Montgomery). Então imagine o seguinte para esta continuação: policiais, desesperados, vasculham a cidade atrás do rato Ben. Sim, os gambés sabem quem é o vilão, o duro é encontrá-lo no meio daquela galera.

Mais. Imagine também os ratinhos invadindo uma loja de frutas e verduras. Wow, é dia de convescote!! E tente, com muito esforço, não pedir para Ben devorar David logo. Eita moleque chato e chorão. O Willard era mais gente boa. Para finalizar, junte tudo isto à canção-título de Michael Jackson, que ganhou o Globo de Ouro e foi indicado ao Oscar de Melhor Canção Original. É mole? Um trash movie no Oscar, quem diria?

Se você gostou de todos os ingredientes, então torça para que o SBT, aproveitando o gancho, resolva reprisar os dois, já que estão com um espaço vago que era do Gugu, o xarope, no domingo. Já pensou? Willard e Ben. Ninguém segura!

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