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Entrevista

Omelete Entrevista: Kristen Stewart, a Bella Swan de Crepúsculo

Atriz fala sobre os fãs, como foi atuar com Rob Pattinson, Catherine Hardwicke e mais...

18.12.2008, às 00H00.
Atualizada em 12.11.2016, ÀS 09H05

Adaptação para as telas do romance adolescente de Stephanie Meyer, o filme Crepúsculo, que chega agora ao Brasil, já é um enorme sucesso de bilheteria nos Estados Unidos. A história adaptada pela roteirista Melissa Rosenberg acompanha Isabella Swan, jovem de 17 anos que se muda para uma cidadezinha em Washington onde viverá com seu pai. Lá, ela acaba atraída por Edward Cullen, pálido e misterioso colega de colégio que parece determinado a afastá-la. O Omelete conversou em Los Angeles com o casal protagonista. Confira agora como foi o papo com Kristen Stewart, que interpreta Bella no filme dirigido por Catherine Hardwicke (Aos Treze).

É verdade que Rob Pattinson pediu você em casamento?

Crepúsculo

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Kristen Stewart: É sim. Quer dizer, não sei se ele falou sério, mas ele pediu.

Como isso aconteceu?

Simplesmente aconteceu. Passamos muito tempo juntos, algumas horas bem intensas. Estávamos exaustos de tanto trabalhar a maior parte do tempo.

Você já está com problemas para sair em público?

Sim, mas nem tanto. Com Rob é muito pior - ele é reconhecido em todos os lugares!

É o cabelo.

Sem dúvida! E ele é alto. Todo mundo olha.

Mas como estão sendo seus encontros com os fãs?

Totalmente positivos, mas exigem muito... Eu só tenho que lidar com os fãs em eventos e a única coisa que tenho que fazer é ficar parada ali, com um sorriso no rosto, e torcer pra não falar besteira e ser crucificada. É bacana. Acho legal que eles tenham tanta paixão por um livro.

E fora desses eventos?

Nada demais. Uma ou outra vez só... Teve uma vez que uma menina tímida chegou pra mim e perguntou se eu era mesmo eu, pois ela achava que sim e os amigos dela estavam chamando-a doida. Mas outro dia, em um evento, eu fiquei meio assustada. Fui a uma sessão de autógrados em Roma e não consegui chegar ao carro - os seguranças tiveram que me agarrar e meus pés nem tocavam o chão. Fui literalmente jogada dentro de uma van... Se eles não tivessem feito isso sei lá o que a multidão ia fazer. Foi surreal. Nada a ver comigo ou com quem eu sou.

Você sente uma responsabilidade em relação a esse livro, ao que os fãs querem? Isso afeta sua atuação de alguma maneira?

Sim. Sinto-me extremamente responsável pela história e personagem. Se eu não a interpretasse direito tudo o que ela é ficaria apenas no texto e a experiência não seria completa no cinema. Isso é muito importante. Eu, sinceramente, não conhecia os fãs quando o filme começou - só via meu objetivo e não olhava ao redor. Fiz isso pra preservar um certo distanciamento, já que ela não é uma personagem particularmente distinta - é apenas uma menina que se vê em uma situação extravagante. É impossível agradar a todos, então segui o texto para garantir que ela se mantivesse o veículo através do qual as pessoas experimentam a história.

Você ficou em dúvida em aceitar ou não um papel em uma franquia?

Eu estou pronta para ficar na série até onde ela for. Eu vou adorar fazer o segundo, o terceiro e quarto. Aceitei essa responsabilidade desde o começo - é assim que eu gosto de trabalhar, se estiver totalmente decidida a interpretar determinado papel e souber como. Do contrário eu pareço confusa na tela.

Você nunca hesitou então? Nem com a idéia de ficar marcada pela personagem?

Não. Ou esse filme vai facilitar que eu siga fazendo o que já estava fazendo ou vai me derrubar - e aí eu teria que justamente voltar aos meus filmes pequenos e independentes que ninguém vê. Então não. Não tenho como sair perdendo com ele. Eu acabo de sair de um filme em que vivi uma menina de rua, muito ferida, uma stripper. Então nunca me preocupei com isso.

Como foi trabalhar com Catherine Hardwicke, a diretora?

Ah, ela é uma pessoa difícil de descrever. Ela é bastante excêntrica. Quando a encontrei pela primeira vez pensei "ela é doida". Adorei ela! Ela tem uma certa inocência infantil, uma maneira interessante de entender emoções básicas. Ela não complica as coisas. Há quem pense nisso como uma simplificação das coisas, mas não é isso. Ela simplesmente voltou ao básico e tem enorme entusiasmo com isso. Ela trabalha o tempo todo também e está sempre disponível.

Você sentiu falta de alguma cena que foi filmada e não entrou na edição?

Eu só vi uma vez o filme e não lembro de ter sentido falta de nada... Bom, tem uma coisa sim. Mas foi uma cena de improviso e talvez tenha destoado do conjunto. Era uma cena em que simplesmente andávamos e conversávamos, falando nada importante. Mas eu a adorei. Outros diálogos do filme foram improvisados. Eles mandavam conversarmos como os personagens e fingiam que essas cenas eram só para teste mas acabaram usando esse material. Fiquei surpresa. Uma delas foi a cena da árvore, quando ele me coloca na árvore e me mostra aquela vista maravilhosa e eu digo "esse tipo de coisa não existe" e ele responde "no meu mundo sim" - isso é 100% Rob.

Eles usaram bastante disso, inclusive no trailer.

Eu sei! É estranho.

Existe uma história na Entertainment Weekly sobre como Rob Pattinson ficou obcecado com o personagem dele - e que vocês tinham que fazê-lo baixar a bola... É verdade?

É. Ele é um perfeccionista e isso que o fez ficar tão bem no papel. Quanto à obsessão, não é difícil explicar. Quando se está num set, cercado de atores, você meio que fica no personagem o tempo todo. Depois vai pra casa e é difícil se distanciar de tudo o que houve o dia inteiro. Mas ele leva isso um pouco além... Às vezes tinhamos que pedir pra ele se acalmar - ele detestava isso. Esse estado emocional tinha muito a ver com o personagem dele...

E você? Tem esse tipo de problema? Ou desliga mais fácil?

Depende de muitos fatores. Varia. Esse filme da menina de rua que mencionei, Welcome to the Riley's, tinha um peso maior. Eu considero fácil fingir, mas o trabalho às vezes fica pesado. Especialmente depois de 16 horas de filmagens, quando você literalmente entra em colapso. Às vezes é fácil esquecer o personagem - às vezes não.

Você não está enjoada de ver seu rosto em tantos cartazes, outdoors e propagandas de Crepúsculo? Ou está curtindo?

Eu estou muito feliz de ter feito esse filme. Estou feliz e orgulhosa do meu trabalho, que ficou como eu queria. Se não tivesse sido assim eu estaria debaixo desta mesa agora. Mas estou empolgada com tudo isso, com o resultado. Não trabalho como atriz para aparecer em revistas, nunca quis isso e essas coisas não me impressionam. Então estou feliz. Agora, não sei como me sentiria que o filme tivesse ficado ruim ou eu não tivesse orgulho do meu trabalho nele. Imagine minha carona lá em um outdoor nesse caso - eu não aguentaria. Aliás, não sei como algumas pessoas conseguem.



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