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Omelista: As melhores cenas de barbeamento do cinema e da TV

Omelista: As melhores cenas de barbeamento do cinema e da TV

18.10.2006, às 00H00.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 13H20


Chaplin como o barbeiro

Pica-Pau

Pernalonga

Cary Grant e Eva Marie Saint em Intriga internacional

Apertem os cintos... o piloto sumiu!

A cor púrpura

Crocodilo Dundee

DeNiro em Os intocáveis

Simpsons

Esqueceram de mim

Drácula

Recentemente, fomos procurados pela Philips, que nos encomendou uma relação de filmes com boas cenas de personagens fazendo a barba. Diversas conversas depois aqui na Cozinha omelética, chegamos finalmente a uma lista bacana, que engloba uma dezena dos mais célebres momentos do cinema e televisão em que alguém aparece com uma navalha ou aparelho de barba em mãos. Algumas lamentavelmente ficaram de fora, mas a proposta era que apenas dez fossem escolhidas. Achamos que o resultado final ficou tão legal que pedimos autorização para publicá-la como uma Omelista e ela nos foi gentilmente cedida. Assim, confira abaixo as cenas mais legais (e perigosas!) de barba do cinema e TV norte-americanos!

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O grande ditador

Charles Chaplin era genial como comediante, cineasta e crítico da sociedade. Uma de suas obras-primas é O grande ditador, que não teve medo de satirizar Hitler e Mussolini em plena Segunda Guerra Mundial. No filme, Chaplin tem dois papéis antagonistas. De um lado ele faz um barbeiro judeu que salva um alemão, mas fica 20 anos em coma. E ele interpreta também Adenois Hynkel, o ditador anti-semita do país fictício Tomania - com bigodinho e tudo!

Cena de barba: Chaplin está de pé, com uma navalha na mão, e seu cliente desconfortavelmente sentado na cadeira do barbeiro, fica vendo as maluquices que ele faz, coreografando seus movimentos com a música!

(The great dictator) EUA, 1940. Direção: Charles Chaplin. Elenco: Charles Chaplin, Paulette Goddard, Jack Oakie, Reginald Gardiner, Henry Daniell. Duração: 124 min.

Veja a cena no YouTube

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Os cartuns de Sevilha

Dois dos maiores personagens dos desenhos animados de todos os tempos tiveram suas versões amalucadas para O barbeiro de Sevilha de Rossini, ópera satírica de 1816. A história acontece em Sevilha, no século XVIII, com o velho Doutor Bartolo empenhado em casar a sua pupila Rosina. No entanto, Rosina está apaixonada pelo jovem Conde Almaviva que, com a cumplicidade do barbeiro Figaro, surge disfarçado de soldado bêbado, pedindo guarida na casa de Bartolo. Nada disso, porém, aparece nas duas pequenas obras-primas da animação, dirigidas por dois verdadeiros mestres!

Em O Barbeiro de Servilha, o Pica-Pau (em sua primeira aparição pós-redesenho, sem dentes e com menos cores) é atraído por um anúncio na porta da barbearia de Tony Figaro. Mas ao entrar no estabelecimento, descobre que o barbeiro foi ao médico. Assume então, por sua própria conta, a direção do negócio, aterrorizando os fregueses com suas técnicas tenebrosas. A longa cena de barba acontece quando ele, ao som da ópera, entope um operário de creme de barba, para depois puxar uma navalha maior que a faca do Rambo, que ele manuseia como se fosse a Uma Thurman em Kill Bill. Um verdadeiro psicopata esse passarinho!

Seis anos mais tarde, o lendário animador Chuck Jones também pegaria carona na obra de Rossini. Estruturado como na ópera, O Coelho de Sevilha começa quando Hortelino e Pernalonga vão parar nos palcos durante uma caçada. A montagem de O barbeiro de Sevilha começa e, num crescendo, iniciam-se também as piadas. O barbeamento acontece logo nos primeiros minutos, quando Hortelino é literalmente retalhado pelo coelho - que ainda tira sarro disso na música. A lista de humilhações do caçador ainda inclui explosões, exposição pública de sua cueca, sua careca transformada em vasilha para salada e até perseguição por um barbeador elétrico encantado. Não falta ainda o transformismo, quando ele aceita casar-se com Pernalonga e se veste de noiva, apenas para ser abandonado na noite de núpcias, atirado do alto do palco pelo noivo. A coisa toda termina com a frase As bodas de Fígaro na tela, o título do segundo ato da ópera.

(The barber of Seville) EUA, 1944. Direção: Shamus Culhane, com produção de Walter Lanz. Vozes: Ben Hardaway. Duração: 6 min. - Veja a cena no YouTube

(The Rabbit of Seville) EUA, 1950. Direção: Chuck Jones. Vozes: Mel Blanc, Arthur Q. Bryan. Duração: 7 min. - Veja a cena no YouTube

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Intriga internacional

Em seu quarto trabalho juntos, o diretor Alfred Hitchcock e o astro Cary Grant produziram um clássico imortal da espionagem. Eleito um dos melhores cem filmes de todos os tempos pelo American Film Institute, o longa mostra um publicitário de Manhattan envolvido numa trama de espionagem. Acusado de assassinato ele é incansavelmente caçado, numa perseguição que inclui algumas das seqüências mais inesquecíveis da história do cinema, como a perseguição do avião e a corrida no monte Rushmore.

Cena de barba: Mestre do suspense, Hitchcock também sabia como ninguém inserir momentos cômicos, aliviando a tensão antes de uma nova seqüência de tirar o fôlego. Prova dessa habilidade é a cena na estação de trem, quando Roger O. Thornhill (Grant), o publicitário, é obrigado a fazer a barba com um minúsculo aparelho de mulher. Ícone de masculinidade, Cary Grant com o rosto todo cheio de espuma e tentando precariamente barbear-se é um momento engraçado, mas ao mesmo tempo extremamente sexy.

(North by Northwest) EUA, 1959. Direção: Alfred Hitchcock. Elenco: Cary Grant, Eva Marie Saint, James Mason, Jessie Royce Landis. Duração: 136 min.

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Apertem os cintos... o piloto sumiu!

Quando toda a tripulação de um avião de passageiros lotado sucumbe a um jantar estragado, Ted Striker (Robert Hays), um neurótico ex-piloto de guerra, é a única pessoa capaz de impedir o desastre - mas para isso ele terá que controlar-se e enfrentar dezenas de tipos bizarros a bordo.

Cena de barba: Megaclássico do besteirol e um dos melhores filmes de gênero até hoje! Uma das piadas mais lembradas é justamente o momento em que um executivo, preparando-se para o pouso, resolve arrumar-se no minúsculo banheirinho do avião. Mas fazer a barba durante uma turbulência não é exatamente uma boa idéia... muito menos usar colônia no rosto retalhado depois!

(Airplane!) EUA, 1980. Direção: David Zucker, Jerry Zucker e Jim Abrahams. Elenco: Robert Hays, Julie Hagerty, Lloyd Bridges, Leslie Nielsen. Duração: 88 min.

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A Cor Púrpura

Em 1906, numa pequena cidade da Georgia, sul dos Estados Unidos, a quase adolescente Celie, violentada pelo próprio pai, torna-se mãe de duas crianças. Separada imediatamente dos filhos, Celie (a triunfante estréia no cinema de Whoopi Goldberg) é doada a Mister (Danny Glover), que a trata como companheira e escrava ao mesmo tempo. Muito da brutalidade de Mister, vem da sua própria dor, da paixão ardente que alimenta pela sensual cantora de Blues Shug Avery (Margareth Avery). Cada vez mais calada e solitária, Celie passa a compartilhar sua tristeza em cartas. Primeiro a Deus, depois a irmã Nettie, missionária na África. Mas quando Shug e a determinada Sofia (Oprah Winfrey), nora de filho de Mister, entram definitivamente em sua vida, ela começa a revelar seu espírito brilhante, ganhando consciência do próprio valor e das possibilidades que o mundo lhe oferece.

Cena de barba: Logo após encontrar as cartas que sua irmã lhe respondia da África, a sofrida e solitária Celie pega uma afiada navalha para fazer a barba de Mister. Conforme ela se aproxima do marido, arma em mãos, cria-se uma cena extremamente tensa. Afinal, Celie cortará ou não a garganta do homem que tanto abusou dela?

(The color purple) EUA, 1985. Direção: Steven Spielberg. Elenco: Danny Glover, Whoopi Goldberg, Adolph Caesar, Margaret Avery, Oprah Winfrey, Willard E. Pugh, Rae Dawn Chong. Duração: 154 min.

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Crocodilo Dundee

Sue Charlton (Linda Kozlowski) é uma jornalista dos EUA que vai para o outro lado do mundo entrevistar um australiano que lidera safaris e cuja lenda diz que ele sobreviveu a um ataque de crocodilo. Conhecido como Mick Crocodilo Dundee (Paul Hogan), ele acaba salvando a vida da repórter e é convidado a viajar até Nova York, onde conhece um tipo completamente diferente de vida selvagem.

Cena de barba: A cena mais conhecida do filme acontece quando Dundee e Sue estão sendo assaltados por um cara segurando um canivete. Quando Sue pede para o entregar a carteira, ele pergunta Por quê? e ela responde Porque ele tem uma faca. Ele então desembainha o seu facão e diz Isso é uma faca! Mas esta não é a única cena em que ele usa sua fiel companheira. Enquanto eles ainda estão no Outback australiano, Mick prega várias peças na caipirona da cidade. Em uma delas, ele esconde rapidamente o aparelho comum de barbear pela sua faca ao perceber que ela estava chegando perto, e finge que aquela era a forma primitiva como ele se barbeava.

(Crocodile Dundee) Austrália, 1986. Direção: Peter Faiman. Elenco: Paul Hogan, Linda Kozlowski, John Meillon, David Gulpilil, Ritchie Singer. Duração: 98 min.

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Os Intocáveis

Na Chicago dos anos 30, em que as bebidas alcoólicas eram proibidas pela Lei Seca, o jovem agente Eliot Ness (Kevin Costner) tenta acabar com o império criminoso do gângster Al Capone (Robert De Niro). Para tanto, ele recruta uma equipe de homens incorruptíveis, fora do alcance dos tentáculos da organização criminosa.

Cena de barba: Uma das primeiras cenas do empolgante thriller policial de Brian de Palma mostra Al Capone, sossegadíssimo já que está fora do alcance da lei, conversando com a imprensa enquanto é barbeado no salão do Hotel Lexington, em Chicago. Durante a passagem da navalha, porém, o barbeiro acidentalmente faz um pequeno corte no mafioso, que o olha como se estivesse assinando sua sentença de morte. A cena inclui algumas preciosidades, como vidros de colônia e pincéis de barba que pertenceram ao verdadeiro Al Capone. Além disso, tem um erro de continuidade: a quantidade de creme de barbear no rosto de De Niro muda durante as tomadas.

(The Untouchables) EUA, 1987. Direção: Brian De Palma. Elenco: Kevin Costner, Robert De Niro, Sean Connery, Charles Martin Smith, Andy Garcia. Duração: 119 min.

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Os Simpsons

Lista alguma, sobre qualquer assunto, é completa sem ter uma referência aos Simpsons. Depois de 18 anos no ar parece que eles já falaram de todos os assuntos. Em um episódio de 1º de abril, Bart resolve pregar uma peça em Hommer e acaba deixando o seu velho em coma. Sentindo-se culpado pela situação, ele começa a lembrar dos bons momentos que passaram juntos.

Cena de barba: Um destes momentos é quando Hommer ensina ao Bart um dos segredos de um bom barbear: se você se cortar, não tem problema. É só pegar um pedacinho de papel e colocar em cima da parte que está sangrando aqui. E aqui. E aqui... Duh!

(The Simpsons) EUA, 1989. Criação: Matt Groening. Vozes: Dan Castellaneta, Julie Kavner, Nancy Cartwright, Yeardley Smith.

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Esqueceram de mim

Quando uma família sai para viajar, é comum esquecer alguma. No caso dos McCallister, porém, eles deixam para trás nada menos que Kevin, seu filho de oito anos. No início, o menino tira de letra, se alimentando com o que há de mais gostoso da cadeia alimentar industrializada e cuidando da casa ao seu modo. Porém, imaginando que não há ninguém em casa, uma dupla de ladrões resolve invadi-la, e dá de cara com as armadilhas preparadas pelo garoto.

Cena de barba: O filme se tornou sucesso absoluto no fim de 1990, chegando a ser a comédia de maior faturamento no mundo naquela época. A graça estava em ver aquele Macaulay Culkin ainda novinho, com cara de anjo, aprontando tudo o que podia. Uma das coisas que ele só faz porque está sozinho é se barbear - mesmo sem ter um único fio de barba na cara! Depois de tomar um banho, ele enche a cara de espuma de barbear e manda ver. No fim, ele joga uma loção pós-barba em suas mãos e passa no rosto. Sentindo o ardor do álcool, solta um sonoro grito. A cena ficou eternizada no pôster do filme (uma homenagem ao O Grito, de Edvard Munch)

(Home Alone) EUA, 1990. Direção: Chris Columbus. Elenco: Macaulay Culkin, Joe Pesci, Daniel Stern, John Heard. Duração: 103 min.

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Drácula

Adaptação para as telas do clássico do terror de Bram Stoker. Na trama, no século XV, um líder e guerreiro dos Cárpatos renega a Igreja que ele defendia quando esta se recusa a enterrar em solo sagrado a mulher que amava, pois ela condenou sua alma ao suicidar-se, acreditando que seu marido havia morrido. Dessa forma, torna-se uma criatura imortal, o primeiro de todos os vampiros. Séculos depois, ao descobrir a reencarnação de sua amada, parte para a Londres da Inglaterra vitoriana, no intuito de encontrá-la.

Cena de barba: Francis Ford Coppola criou aqui uma das cenas mais pungentes de barbeamento da história do cinema. Nela, Jonathan Harker (Keanu Reeves) se barbeia em seu quarto quando o Conde Drácula (Gary Oldman) entra no recinto, pegando a lâmina e ajudando-o no processo. Mas Harker acaba com um leve corte. Conforme o primeiro se limpa, o vampiro vira-se para a tela e lambe com prazer a navalha ensangüentada. Dizem por aí que Oldman estava bêbado na cena, que foi rodada no meio da madrugada.

(Bram Stokers Dracula) EUA, 1992. Direção: Francis Ford Coppola. Elenco: Gary Oldman, Winona Ryder, Anthony Hopkins, Keanu Reeves. Duração: 128 min.

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