Crítica: Os Rugrats e os Thornberrys vão aprontar

Os Rugrats e os Thornberrys vão aprontar (Rugrats go wild, 2003) é o primeiro encontro de duas das séries de maior sucesso entre a criançada nos EUA: os Rugrats, conhecido aqui como os Anjinhos, e os Thornberrys. Ambas do estúdio Klasky Csupo, são exibidas diariamente pelo canal a cabo Nickelodeon. Os desenhos compartilham de características inconfundíveis: traço irregular, cabeça grande e pescoço fino nos personagens, isso os torna seres muito esquisitos, por vezes nojentinhos, porém engraçados.

A aventura começa

A família Pickles está ansiosa, prestes a partir em um grandioso cruzeiro marítimo. O que eles ainda não sabem é que Stu Pickles, o responsável pelos trâmites da viagem, decidiu fazer uma surpresa e reservou um barco um tanto mais simples para que todos pudessem ficar mais próximos e curtir a viagem como uma verdadeira família.

Começa, então, a aventura. Pegos por uma tempestade em alto mar a embarcação naufraga e a família vai parar em uma ilha deserta, ou melhor, quase deserta. Os Thornberrys estão por ali, em busca de imagens para um documentário sobre leopardos.

O bebê Tommy Pickles acredita fielmente que a única pessoa que pode tirá-los daquele lugar é Nigel Thornberry, seu ídolo da TV. Então, os pequeninos, vigiados pelo displicente cão Spike, escapam e partem selva adentro com a esperança de encontrar Nigel. A partir deste momento, as aventuras não param. Crianças perdidas, briga de gente grande, encontros inesperados, queda de penhasco, perda de memória, adultos pra cá, crianças pra lá, conversa com animais, fuga de leopardo... ufa!

E não pára por aí!

Para os fãs, uma surpresa. Finalmente Spike pôde soltar a voz (dublado nos Estados Unidos por Bruce Willis, em português a voz é do casseta Cláudio Manoel) e emitir suas opiniões. Tudo isso graças ao encontro com Eliza Thornberry, a menina que é capaz de conversar com os animais.

A animação oferece diversos níveis de comédia, desde referências a produções do cinema e TV até piadas pastelão. No entanto, o filme é predominantemente infantil, já que este é o público fiel das séries. Repleto de travessuras, cenas engraçadas, boas tiradas, mensagens positivas e o bom e velho final feliz (essencial para as crianças) a produção é a melhor opção desta semana para os pequenos.

E a novidade não ficou só na tela. Em alguns cinemas nos Estados Unidos pode-se desfrutar de uma experiência olfativa no decorrer do filme. Trata-se do odorama, uma cartela estilo raspadinha que exala odores de chulé, peixe, morango e pasta de amendoin. Aqui no Brasil também será possível encontrar sessões com este atrativo. Mas cuidado, o chulé daqueles bebês parece ser mesmo de arrepiar os cabelos.