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RoboCop | Remake de José Padilha deve fazer crítica às corporações

"Podemos considerar um robô culpado por um crime? Ou a culpada é a corporação que construiu o robô?", questiona

01.12.2011, às 13H36.
Atualizada em 09.11.2016, ÀS 11H07

Tropa de Elite 2 ainda está em cartaz nos EUA, e o diretor brasileiro José Padilha (Tropa de Elite) voltou a falar sobre o remake de RoboCop em sites de lá.

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Em entrevista ao BleedingCool, Padilha disse que o filme, ao contrário de Tropa de Elite, não fala de corrupção policial, mas de ética, sobre "um homem que é transformado em um produto por uma corporação".

"Não vamos mais enviar aeronaves com pilotos [ao front em guerras], serão aviões teleguiados. Isso já acontece, e daqui a dez anos é assim que as guerras serão combatidas. Mas e se uma dessas máquinas der errado? A culpa é de quem? Da máquina? Podemos considerar um robô culpado por um crime? Ou a culpada é a corporação que construiu o robô?", elabora o diretor.

Em seguida, Padilha coloca outra interrogação, que talvez diga um pouco sobre a trama que ele está planejando para o remake: "Como contra-atacar as máquinas quando você não tem máquinas?". Pelo visto o brasileiro está cogitando um viés de esquerda para o filme, o que casaria bem com o momento político nos EUA, com os movimentos de ocupação em Nova York e outras capitais do país contra o capital especulativo e as grandes corporações.

Padilha recentemente levou a nova versão do roteiro, que ele trabalhou com Josh Zetumer, a Los Angeles. Ao site, ele diz que está voltando à cidade para participar da seleção de elenco.

A ideia é filmar a partir de fevereiro ou março.

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