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Sexo com Amor?

Remake de sucesso chileno, comédia nacional perde o sexo e a graça

31.01.2008, às 00H00.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 13H32

Na teoria, o dinheiro conseguido em um sucesso popular como Se Eu Fosse Você deveria ajudar o mercado nacional a se fortalecer e aumentar as chances do surgimento de mais filmes como Cinema, Aspirinas e Urubus ou O Céu de Suely. A verdade, porém, é outra e embora tenhamos alguns casos isolados que aliam cinema de qualidade e boas bilheterias, os Cidade de Deus e Tropa de Elite são a exceção para a regra que nos traz agora mais uma bomba novelesca disfarçada de longa-metragem para o cinema.

Infelizmente, a soma da preguiça daqueles que investem, dos que criam e dos que vão ao cinema continua produzindo mediocridades como Sexo com Amor? (2007). O filme, remake do maior sucesso do cinema chileno, gira em torno de três casais de diferentes classes sociais e idades. O que os une são os filhos, pegos folheando o Kama Sutra no colégio, e a infidelidade dos maridos, que só pensam em pular a cerca atrás da grama mais verde das vizinhas.

sexo com amor - 1

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Jorge (José Wilker) e Mônica (Marilia Gabriela) alcançaram a estabilidade financeira, mas vivem uma difícil fase do matrimônio quando ele tem um caso com a professora de seu filho. Rafael (Reynaldo Gianecchini) trabalha como um louco, mas no tempo livre não pensa duas vezes antes de trocar a esposa grávida (Malu Mader) por qualquer rabo de saia que esteja dando sopa. Enquanto isso, no subúrbio, Pedro (Eri Johnson) sofre com Mara (Maria Clara Gueiros), que passa por uma fase de completo desinteresse sexual, e é constantemente tentado pela sobrinha da esposa (Natasha Haydt), uma lolita de férias em sua casa.

Como cachorro que late muito mas não morde, o sexo fica só no título e na tagarelice dos personagens. Lençóis e um falso moralismo escondem o que é visto a qualquer hora na TV - inclusive na aberta, de onde vieram os atores. Para se ter idéia, a cena mais excitante do longa se passa dentro de um consultório ginecológico e envolve um ultra-som endovaginal - sinônimo de tortura para qualquer mulher normal.

É triste dizer isso, mas um projeto como este não tem motivos para existir. É gastar mal 5,5 milhões de reais do nada hollywoodiano orçamento dedicado ao cinema nacional. "É feito para divertir as massas", podem dizer alguns, mas a verdade é que a única graça presente nos 90 minutos de produção é a DESGRAÇA do tempo e dinheiro perdido.

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