Duas mulheres em conflito, com os homens e com o mundo, pegam a estrada e partem em busca de si mesmas. Simplesmente uma Mulher usa essa sinopse genérica, que serviria para qualquer road movie feminino, e adiciona o tempero da dança do ventre na sua tentativa de se diferenciar dos demais filmes do gênero.
simplesmente uma mulher
Em nenhum momento, porém, o filme estrelado por Sienna Miller consegue seu lugar ao sol. O diretor Rachid Bouchareb tenta contrapor ocidente e oriente/ homens e mulheres, pelas histórias de suas protagonistas, mas se perde em diálogos fracos, coadjuvantes maniqueístas e em uma trama movida "simplesmente" pelo acaso.
No filme, a vida trata de unir Mona (Golshifteh Farahani), uma iraniana rejeitada pela sogra por não poder ter filhos, e Marilyn (Miller), uma mulher rodeada por fracassos, no amor e no trabalho, para que as duas encontrem, por meio da dança, a liberdade. No caminho para Santa Fé, onde uma companhia de dança do ventre realiza testes de elenco, elas descobrem o poder dos próprios quadris e da amizade.
Sem o amparo de um bom roteiro, Simplesmente uma Mulher não funciona nem como road movie de emancipação feminina, nem como filme de dança. Na dúvida sobre o que fazer o seu tempo, é sempre melhor rever Thelma & Louise ou tentar alguns passos de dança do ventre com um tuturial no YouTube.
Ano: 2012
País: Inglaterra, EUA
Classificação: 14 anos
Duração: 90 min
Direção: Rachid Bouchareb
Roteiro: Joelle Touma, Marion Doussot
Elenco: Sienna Miller, Golshifteh Farahani, Bahar Soomekh, Tim Guinee, Roschdy Zem, Chafia Boudraa, Jesse Harper, Sayed Badreya, Usman Ally