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Elysium | Primeiro trailer passa na Comic-Con e personagem de Wagner Moura é revelado

Diretor de Distrito 9 mostra na convenção quatro minutos de sua nova ficção científica de ação

14.07.2012, às 00H05.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H35

O ponto alto do painel da Sony Pictures aqui na Comic-Con 2012 (publicaremos mais tarde o resumo completo com os demais filmes) foi deixado para o final da apresentação: Elysium, a nova ficção científica do diretor de Distrito 9, Neill Blomkamp, que tem Wagner Moura entre os coadjuvantes. O personagem do ator brasileiro - em seu primeiro papel em Hollywood - não é um vilão como se esperava...

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Primeiro, o diretor sul-africano avisou que o trailer que mostraria aos presentes - entre quatro e cinco minutos de material - ainda não está finalizado e muitos efeitos visuais estão crus. Para um filme que estreia apenas em 8 de março de 2013, porém, até que bastante coisa está completa. Os únicos momentos em que o CGI ainda é bem preliminar são nas tomadas de naves cruzando o espaço e caindo por terra.

Sabia-se que o tom político de Distrito 9 estaria de volta, mas agora a trama, ambientada no ano 2154, fica mais clara. No futuro a Terra é mal e porcamente habitável, quem tem dinheiro escolhe viver numa estação espacial em forma de anel que orbita o planeta, chamada Elysium. Cenas breves da rotina de Elysium são mostradas, com o seu formato em arco criando uma paisagem que emula o antigo céu azul da Terra. Lá, doenças são diagnosticadas e curadas num simples escaneamento médico, e essa tecnologia deve ser central à trama.

Matt Damon faz o protagonista, Max, um operário de fábrica que mora numa Cidade do México devastada, mais pós-apocalíptica do que a já arruinada Johanesburgo de Distrito 9. Ele parece ser o único "caucasiano" numa população latina e negra; Alice Braga é seu interesse amoroso (não dá pra saber se é esposa ou namorada) e Diego Luna faz um dos seus amigos. Além dos pobres do Terceiro Mundo, só sobraram na Terra androides que fazem o policiamento e velhos bonecos de plástico com auto-falantes, que organizam a burocracia do dia a dia, como na fábrica em que Max trabalha.

A trama começa de fato no dia em que Max sofre um acidente na fábrica e é exposto a radiação tóxica. Só em Elysium há como encontrar uma cura, mas quem vive na Terra não tem acesso à estação. Para não morrer, Max procura - enfim - o personagem de Wagner Moura. À primeira vista, parece que o brasileiro interpreta uma mistura de traficante de armas, hacker e chefe de favela. Com cabelo encaracolado e cara suja, de frente para Matt Damon, Moura faz aquele olhar angustiado que domina tão bem. Fica claro que sua intenção, ao ajudar Max, é derrubar Elysium.

Corta para a operação cirúrgica que dá uma sobrevida a Max e vai permitir, nas palavras de Moura, que ele "sobrecarregue o sistema de Elysium". É essa cirurgia que dá a Matt Damon aquele exoesqueleto que aparece desde as primeiras fotos do set. Com um corte triângular no crânio, ele recebe uma placa metálica que se conecta com armações mecânicas nos braços, tecnologia meio rústica. É bem gráfico esse momento, com uma sangueira que certamente vai dar ao filme uma censura R nos EUA.

Max vira um ciborgue, enfim, e é essa transformação que alimenta as cenas de ação de Blomkamp. Enquanto Moura e Jodie Foster (a "presidente" da estação espacial) se opõem como os cérebros de suas operações, interagindo basicamente com monitores de computador diante de si, Matt Damon encontra seu antagonista na figura do ator Sharlto Copley, que faz o ciborgue-do-mal. Se Elysium parece no papel um filme que se leva a sério demais politicamente, esse personagem de Copley é inesperadamente pop, um mercenário barbudo que usa espada de samurai e shurikens de ninja para atacar. Em um relance, ele sai das sombras com dois faróis ligados no peito do seu exoesqueleto, e é impossível não pensar na empilhadeira de Aliens - O Resgate, embora numa versão bem mais compacta.

Muita ação acontece na Terra, outro tanto se passa em Elysium, com batalhas campais de naves, armas pesadas e arsenal militar/tecnológico. Se o começo do trailer (com uma paisagem semelhante à de Distrito 9 e ao som do "BAAAUM" que tornou-se obrigatório depois de A Origem) sugeria que teríamos mais do mesmo, depois de quatro minutos Blomkamp mostra que tem nas mãos um material de bastante impacto - e que pode empolgar.

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