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Será Que? | Crítica

Daniel Radcliffe em comédia romântica sobre relações modernas

10.09.2013, às 01H50.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H37

Não é porque esteja experimentando em filmes como O Pacto e Kill Your Darlings que Daniel Radcliffe não aproveite a inércia de sua carreira como o Harry Potter para testar a mão em papeis mais convencionais. No canadense independente What If (2013) ele interpreta um jovem inglês de coração partido em uma típica, mas extremamente charmosa, comédia romântica.

No filme, seu personagem, Wallace, ainda se recupera de uma desilusão amorosa um ano depois dela ter ocorrido. Na noite em que finalmente decide sair de casa e aceitar um convite para uma festa, Wallace conhece a garota perfeita, Chantry (Zoe Kazan, de Ruby Sparks), e a conexão é imediata, daquelas que acontecem poucas vezes na vida. O problema é que ela tem um namorado há anos - e uma relação perfeita.

The F Word

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The F Word

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Reconhecendo a proximidade, garoto e garota fazem um contrato de amizade (a palavra "F" do título original, The F Word, é de "friends") e seguem se encontrando. Não sem receio da parte dela, já que a convenção social é que os sexos opostos não podem ser amigos. "Algo que não suporto, já que me dá a impressão que a única coisa que me torna interessante é como me imaginam pelada", diz a moça.

Esse é apenas um entre inúmeros de diálogos inteligentes e velocíssimos - do tipo que pessoas de verdade não conseguem ter, mas que são um deleite de ver na tela. E o rei do momento desse tipo de comédia é Adam Driver, ator egresso da comédia televisiva Girls. Ele rouba suas cenas como o melhor amigo de Wallace - sempre com as melhores piadas.

Dirigido por Michael Dowse, que floreia a ação com gráficos saídos da animação de sua protagonista - que ganha a vida como animadora -,What Ifé sobre relações modernas. Sobre uma geração que cresceu criada por pais separados, uma que se vê dividida entre deixar-se levar pelo coração ou tentar não repetir os erros de seus pais e mães. A comédia não passa pré-julgamentos e não emprega soluções fáceis e comuns desse tipo de filme, como o clássico ponto de virada em que o namorado/namorada da mocinha prova ser um cafajeste para tornar a decisão dela mais fácil para o público. Todos os personagens têm seus anseios, problemas e inquietações - e todos são prazerosamente reconhecíveis, ainda que as discussões sobre eles sejam espertinhas demais para soarem verdadeiras.

Nota do Crítico
Bom

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