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Elogiado pela crítica depois de Cannes, novo filme de Mel Gibson revive a carreira do ator

Mesmo sem originalidade, Herança de Sangue tem vigor para devolver ao astro seu prestígio perdido, segundo imprensa internacional

26.05.2016, às 16H51.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H37

Em processo de reconstrução de uma carreira abalada por escândalos, acusações de antissemitismo, processos judicais e fracassos de público, Mel Gibson parece ter encontrado a luz que buscava com Herança de Sangue (Blood Father), a julgar pelas resenhas elogiosas que vem cercando este empoeirado thriller de ação, exibido fora de concurso no sábado, no encerramento do 69º Festival de Cannes.

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Desde sua projeção, revistas dos EUA e da Europa vêm publicando críticas que apontam o filme dirigido pelo francês Jean-François Richet (de Assalto à 13ª DP) como sendo um acerto para o oscarizado astro e diretor de Coração Valente (1995). Segundo a Variety, o longa-metragem, de baixo orçamento, “é a plataforma perfeita para o retorno em destaque para Gibson, com um visual que lembra o cinema-poeira (Grindhouse) dos anos 1970, sendo capaz de capturar tudo o que um ator talentoso como Mel tem”.

Nas páginas da Hollywood Reporter, a saga do motoqueiro tatuador Link (Gibson) para salvar a filha das garras de criminosos do México foi descrita como “um filme B capaz de ser encarado pelos fãs do gênero como um grande negócio”.

“Esta é uma história de redenção, ligada ao maior laço afetivo que um homem pode ter: a paternidade”, disse Gibson em entrevista às TVs de Cannes, momentos antes de entregar a Palma de Ouro ao vencedor do festival: o drama I, Daniel Blake, de Ken Loach. “Esta é a jornada de alguém que passa de pecador a santo”.

Previsto para estrear nos EUA e no Brasil em agosto, Herança de Sangue é fruto do romance de Peter Craig, filho da atriz Sally Field (a Tia May de O Espetacular Homem-Aranha) e roteirista de Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1 (2014) e Jogos Vorazes: A Esperança – O Final (2015). O projeto nasceu do desejo de Gibson em filmar com talentos europeus, como é o caso do realizador, Jean-François Richet, campeão de bilheteria na França por seus filmes de ação.

“Gostei muito do trabalho dele no filme em duas partes Inimigo Público nº 1 e achei que cairia bem nas mãos dele uma trama sobre um homem com um passado sombrio que encontra na relação com a filha um meio de se reinventar”, disse Gibson, que este ano lança ainda seu quinto longa como diretor: Hacksaw Hidge, com Andrew Garfield na pele de um médico do Exército americano em combate na 2ª Guerra Mundial, famoso por se opor à violência no front de Okinawa.

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