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Festival de Cannes | Adam Driver fala sobre caminho entre Kylo Ren e outros personagens

Ator é um dos favoritos da premiação

16.05.2016, às 12H20.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H37

Apresentado ao Festival de Cannes como sendo “o neto de Darth Vader”, em referência (e reverência) a seu desempenho como Kylo Ren em Star Wars – O Despertar da Força (2015), o californiano Adam Driver vem sendo encarado na Croisette como o favorito ao prêmio de melhor ator por seu desempenho em Paterson, que virou o filme-sensação da briga pela Palma de Ouro 2016, desde sua projeção, no domingo. Sob a direção de Jim Jarmusch, um dos papas do cinema independente americano, conhecido por cults como Amantes Eternos (2013) e Flores Partidas (2005), o astro de 32 anos encarna um motorista de ônibus, com uma vidinha pacata, na qual usa as horas livres para escrever poemas – alguns bem sofisticados.

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Fico muito contente de saber que as pessoas gostam do meu trabalho em filmes bem distintos entre si, sobre os quais eu não seria capaz de estabelecer analogias. Eu gosto de ficar com cada personagem e vivê-lo dentro de sua lógica”, diz Driver ao Omelete, em meio a uma rodada improvisada de autógrafos ao fim da coletiva de imprensa de Paterson, na qual todos os fãs de seu personagem da série Girls (Adam Sackler) foram cumprimentá-lo.

 Em cartaz nos EUA com o sci-fi Midnight Special, de Jeff Nichols (também em disputa pela Palma deste ano com Loving), Driver vai ter um ano promissor pela frente. Fora a badalação por Paterson, ele integra elenco do ansiado épico Silêncio, de Martin Scorsese, ao lado de Liam Neeson e Andrew Garfield, previsto para novembro, e, antes, em agosto, entra nos sets de The Man Who Killed Don Quixote, de Terry Gilliam.

Existem atores reflexivos, que observam e analisam as emoções num set, e existem atores reativos, que respondem às emoções com gestos vivos. Este é o caso de Adam. E esse é um tipo de atuação que tira um diretor da inércia”, elogiou Jarmusch, que deve sair de Cannes com a exótica Palm Dog, prêmio dado a cães que se destacam nos filmes, como é o caso do bulldog de estimação de Driver no filme, Marvin. “As pessoas se surpreendem, mas Marvin é uma cadela. Eu brinco que é um cachorro transgênero”.

Revelado na televisão, onde fez The Usuals, em 2009, e Law & Order, em 2010, Driver chamou a atenção da cena indie dos EUA por um par de longas do cineasta Noah BaumbachFrances Ha (2012) e Enquanto Somos Jovens (2014). Há dois anos, ele ganhou o prêmio de melhor ator no Festival de Veneza por Hungry Hearts, do italiano Saverio Costanzo.

Eu confio nos diretores com que trabalho e sigo a trilha que eles me dão”, disse o ator, que volta a empunhar o sabre de luz de Kylo Ren em 2017.

Nesta terça-feira, Cannes confere a produção brasileira Aquarius, de Kleber Mendonça Filho, na briga pela Palma de Ouro.

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