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O Agente da UNCLE | 7 coisas que aprendemos com o elenco do filme e o diretor Guy Ritchie

Henry Cavill, Armie Hammer e Alicia Vikander falam de seus personagens, a série de TV e o trabalho com o diretor inglês

01.09.2015, às 10H25.

Em novembro de 2014 o Omelete foi convidado a visitar o set de filmagens de O Agente da UNCLE (The Man from UNCLE), adaptação da série de TV homônima dos anos 1960. Além de passear pelo departamento de figurino e acompanhar uma cena sendo rodada e conversar com o produtor executivo do longa, tivemos a oportunidade de bater um papo com os protagonistas do filme, Henry Cavill (O Homem de Aço), Armie Hammer (Cavaleiro Solitário) e Alicia Vikander (Anna Karenina, Ex Machina), e o diretor Guy Ritchie (Sherlock Holmes, Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes, Snatch: Porcos e Diamantes). Veja 7 coisas que descobrimos sobre O Agente da UNCLE:

1. Quem são os personagens?
Alicia Vikander: "Eu interpreto Gaby Teller. Ela é uma mecânica de carros presa na Berlim Oriental, até que os rapazes, Illya e Solo, a ajudam, inicialmente porque eles acham que o tio dela sabe onde está um certo cientista alemão que os dois estão procurando. Ela é durona e teimosa. Quando li o roteiro e vi que era um filme sobre dois protagonistas que todo mundo conhece e uma menina, adorei a forma como Guy e Lionel criaram essa menina meio "moleca", como se vê nos dias de hoje."
Henry Cavill: "Napoleon Solo é um ex-trapaceiro que está sendo chantageado para trabalhar para a CIA. É um agente insatisfeito que tem outras prioridades na vida, mas é forçado a entrar neste jogo. Mas ele é muito bom no que faz e a CIA faz bom uso disso, embora ele não goste nem um pouco de trabalhar para eles."
Armie Hammer:
"Ilya é o contrário de tudo isso. Ele nasceu e foi criado para ser um espião. Ele adora ser parte da KGB e ser um espião é tudo para ele. Ele segue as regras e podemos dizer que é bastante ortodoxo em termos de espionagem durante a Guerra Fria. E o que torna tão divertida a interação entre os dois é justamente esta diferença de estilos dos dois quando têm uma missão, precisam cumpri-la e acabam virando uma equipe."

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Quanto da série de TV vocês conheciam?
AV: "Eu não sabia muito, mas lembro de ter visto alguns episódios porque eles eram exibidos na TV sueca quando eu era pequena. Acho que a pessoa que ficou mais empolgada foi o meu pai. Quando contei para ele que eu ia participar do remake ele falou 'Sério!? Eu já vi todos os episódios!'"
HC: "Eu não conhecia muito. Mas sempre tinha ouvido falar muito bem."
AH: "Eu também não tinha assistido na época, mas depois que fui contratado comprei a coleção completa em DVD e fiz uma maratona aos fins de semana. Foi divertido. A primeira temporada não é muito boa. Ainda era em preto e branco e eles estavam apresentando os personagens. A segunda temporada já é em cores e melhor. A terceira é boa. A quarta é uma bagunça sem tamanho e foi assim que tudo acabou." [risos]
Guy Ritchie: "Eu não consigo me lembrar dos episódios da série, mas lembro que eu gostava do estilo, o tom que ela tinha. E isso foi importante. Eu vi aqui um projeto que do ponto de vista criativo me interessava, mas há uma matemática toda que eu sempre faço, que envolve o tanto que eu vou me divertir, os custos envolvidos e como trazer este dinheiro de volta. É uma conta bem rápida que acontece na minha cabeça e logo começo a pensar "acho que as pessoas pagariam para ver isso. Eles iam gostar desta ideia". Esta parte não é tão complicada para mim."

O projeto tinha começado com Soderberg e Tom Cruise. Como foram as mudanças?
GR: "Eu não gostava nem um pouco do roteiro que recebi, então me sentei com meu sócio para reescrever tudo. Aquele roteiro não combinava comigo. Não era um filme que eu pagaria para ver. Talvez até saísse um bom filme, mas eu não conseguia ver isso naquele roteiro. Gostava da ideia de ser meio que um 007 dos anos 1960, mas estamos falando de uma franquia nova… olhava para ele e não via ali um filme que gostaria de fazer e assistir."

Qual o tom do filme?
GR: "Isso é até meio difícil de explicar. Quando comecei a pensar em fazer Sherlock também foi assim, em segundos as ideias se ligaram na minha cabeça. Eu gosto de filme de época, porque você cria um mundo. É um dos motivos que eu gosto deste filme e também um dos motivos por que não gosto deste 007, que é contemporâneo e não combina com a minha estética. Acho que a pergunta que eu tinha em minha mente era "dá para fazer isso para o público de hoje?" e eu via que sim. Era uma série "campy" e isso me marcou. Como cineasta você tem que acreditar nos seus instintos e caminhar para a direção criativa daquilo que você gosta e cada dia é uma comprovação deste processo. Uma vez que você tem uma linha narrativa, você começa a pensar na parte estética e é aí que começa a direção. A narrativa não é uma questão primária. O tom vem antes, é a visão do todo."

Como foi fazer as cenas de ação?
AV: "Eu adoro. É muito legal! É um trabalho muito técnico, que envolve duas a três semanas de treinamento e você tem que filmar em vários ângulos diferentes. E ajuda também o fato de eu ser uma dançarina. Eu gosto desta parte mais física. Eu me diverti muito. É bem diferente."
HC: "Acho que estamos mais experientes agora. Quando é a primeira vez que você está fazendo algo assim, você tem que aprender onde colocar a força de verdade, quando pegar leve, como se comportar nos ensaios. Está mais fácil."

O que você aprendeu sob a direção de Guy Ritchie?
AV: "Toda manhã ele chega cheio de energia. E é o tipo de cara que interpreta todos os personagens e mostra o que quer. Ele escreveu o roteiro com Lionel e sabe tudo sobre o filme, ele tem noção do todo, mas gosta de mostrar visualmente tudo isso que está na mente dele. Ele é o tipo de cara que passa a impressão, no final do dia, de que você fez muito mais do que estava planejado."
HC: "O que acho que aprendi foi a incluir situações humanas aos personagens, para deixá-los mais carismáticos. O cara que é muito perfeito e nunca faz nada errado não é tão legal para o público quanto o cara que comete pequenos erros de vez em quando. Eu gostei de aprender isso."
AH: "Eu gostei de aprender a criar um espaço criativo seguro. Ele mantém a atmosfera no set leve, bem humorada, aberta a colaborações. Ele é aberto a receber ideias. Se for boa, ele vai incorporá-la. Se não for, ele vai falar e você vai atrás de uma melhor. Ele é muito bom em incluir todo mundo neste processo de criação."

O sotaque russo está melhor que o da série de TV dos anos 1960?
AH: [longo silêncio] "É diferente. É um país muito grande." [risos]

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