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Oscar 2016 | Conheça os indicados nas categorias de Animação

Quem vai levar as estatuetas de melhor curta e longa animados?

Omelete
6 min de leitura
19.02.2016, às 10H13.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H43

O Oscar se aproxima (veja a lista completa de indicados) e preparamos um especial para conhecer todos os indicados, categoria por categoria, começando pela animação.

CURTA-METRAGEM

Parte da premiação da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas desde a quinta cerimônia, em 1932, os curtas-metragem (filmes com não mais do que 40 minutos, incluindo os créditos) mostram diversidade de técnicas e temas, revelando a imaginação de animadores do mundo todo (isso desde 1952, quando filmes feitos fora dos EUA passaram a fazer parte da competição). Os indicados desse ano na categoria são:

A História de Um Urso (Historia de un oso)

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Dirigida pelo chileno Gabriel Osorio, a animação de 11 minutos levou dois anos para ser concluída e conta a história do urso do título por meio de um diorama mecânico misturando diferentes visuais para marcar a diferença entre a realidade e a narrativa do protagonista. Osorio usa a captura do urso por um circo para retomar a relação do Chile com a liberdade, usando como inspiração a história do avô paterno, preso durante a ditadura por dois anos e depois exilado. Veja o trailer:

Prologue

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Parte do projeto de vida do lendário animador Richard Williams (Uma Cilada para Roger Rabbit, The Thief and the Cobbler), o curta-metragem de seis minutos foca na batalha sangrenta entre espartanos e a atenienses. Todo desenhado à mão, com enquadramentos e movimentos executados com maestria, Williams teve a ideia de fazer o filme quando tinha 15 anos e hoje, ao 83, diz que o título de trabalho da qual Prologue faz parte é "Viverei para acabar isso?". Veja o breve trailer e o depoimento do animador:

Os Heróis de Sanjay (Sanjay's Super Team)

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A animação da Pixar marca a estreia na direção do animador da casa Sanjay Patel, que usa a sua própria experiência para criar uma história de conflitos de culturas e gerações. No curta, exibido nos cinemas antes de O Bom Dinossauro, o pequeno Sanjay é apaixonado dos super-heróis, enquanto seu pai quer levá-lo para as tradições de suas práticas hindus. A solução apararece quando Sanjay começa a perceber o lado fantástico das divindidades. Veja uma cena do curta:

We Can't Live Without Cosmos (Mi ne mozhem zhit bez kosmosa)

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Em sua segunda indicação na categoria (a primeira foi por Lavatory - LoveStory, de 2007), o animador russo Konstantin Bronzit conta a história de dois cosmonautas que desde a infância sonhavam com o espaço. Na história de amizade, contada em 16 minutos, Bronzit mostra toda a jornada da dupla, dos treinamentos pesados a conquista do espaço, com um divertido e cheio de detalhes. Veja o trailer:

World of Tomorrow 

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Também em sua segunda indicação ao Oscar (a primeira foi por Rejected, de 2000), o norte-americano Don Hertzfeldt apresenta uma ficção científica completa em apenas 17 minutos. Com humor e um traço simples, Hertzfeldt conta a complexa história de Emily, uma garotinha que é visitada por sua versão de um futuro distante, em uma época que a humanidade usa a clonagem para prolongar a sua existência. Veja o trailer:

LONGA-METRAGEM

Introduzida apenas em 2001, a categoria considera como candidatos a estatueta filmes com mais de 40 minutos, sendo mais de 75% animado, em que um número significativo de personagens é criado quadro por quadro. A Pixar é quem domina a categoria até agora, com sete prêmios em dez indicações. Os indicados deste ano são:

Anomalisa

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Para "produzir esse belo e único filme fora do típico sistema de estúdios de Hollywood, onde o público nunca poderia ver esse brilhante trabalho da forma como foi concebido", Charlie Kaufman recorreu ao Kickstarter, conquistado um orçamento de US$ 400 mil (duas vezes mais do que o solicitado). Codirigido pelo animador Duke Johnson, o filme usa stop-motion para contar a história de Michael Stone (voz de David Thewlis), pai de família e guru de livros sobre atendimento ao consumidor, chega à cidade de Cincinnati para palestrar. Todos ao seu redor se parecem e soam iguais (todos, homens e mulheres, dublados pelo mesmo ator, Tom Noonan) até que ele conhece Lisa (voz de Jennifer Jason Leigh), encontrando refúgio na sua "anormalidade". O longa não foge muito dos outros trabalhos de Kaufman, mas é um exercício interessante como animação realista, de temas adultos, permitindo a observação de detalhes que passariam despercebidos em grande escala. Leia a crítica e assista ao trailer: 

Divertida Mente (Inside Out)

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Considerada um "retorno da Pixar" depois uma leva de continuações medianas (com exceção de Toy Story 3), a animação dirigida por Pete Docter e produzida por Jonas Rivera foca nas emoções da garotinha Riley, acompanhando suas alterações de humor depois de uma grande mudança. O filme é uma acertada combinação de design e roteiro, que materializa conceitos como o subconsciente (uma grande caverna povoada por medos e outros fatos bem guardados), desejo (um mundo de nuvens e doces com uma fábrica de paixonites pré-adolescentes), sonhos (com uma produção de esquetes ao vivo), e até mesmo o esquecimento (um grande vazio que absorve as memórias, ou bolas de gude, que não são mais usadas). Leia a crítica, nossa entrevista com o diretor e assista ao trailer: 

Shaun, o Carneiro (Shaun the Sheep Movie)

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A animação da Aardman  leva para as telonas os personagens que nasceram no terceiro curta-metragem de Wallace & GrommitA Close Shave (1995), e depois acabaram ganhando uma série própria, com 130 episódios de meia-hora divididos em quatro temporadas. O filme não foge das características do estúdio, no visual e no humor britânico, para contar, pelo quadro a quadro do stop-motion, a história da ovelha que, entediada com a rotina da fazenda, acaba desencadeando uma série de situações que a levarão a cidade grande. Leia a entrevista com os diretores, a crítica e assista ao trailer: 

O Menino e o Mundo

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Vencedor de mais de 40 prêmios em festivais, incluindo os renomados Annecy (Melhor Filme nas escolhas do festival e do júri) e Annie (na categoria Melhor Filme Independente), o filme de Alê Abreu é o representante brasileiro na premiação. O filme, que começou a ser produzido em 2010, nasceu do projeto de um documentário animado sobre a formação social, política e econômica da América Latina. Para contar a história de Cuca, o menino que sai para de casa para descobrir o mundo, o animador usou diversas técnicas, incluindo lápis de cor, giz de cera, colagem e pinturas, sob a trilha sonora bem brasileira e diálogos em português invertidos (para tornar as falas incompreensíveis), criando uma atmosfera fantástica. Leia o comentário de Abreu sobre a indicação e assista ao trailer: 

As Memórias de Marnie (Omoide no Mânî)

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Possível último filme em animação tradicional do Estúdio Ghibli (leia aqui), As Memórias de Marnie não carrega o peso de outros títulos, mas é um produto legítimo da casa. Escrito e dirigido por Hiromasa Yonebayashi usa o contato com a natureza para mostrar a transformação de Anna, uma garota solitária, enviada por seus tutores para morar um tempo com seus tios à beira do mar para tratar da saúde. Lá ela encontra Marnie, uma misteriosa jovem que Anna acredita ser fruto de sua mente e que vai ajudá-la a se tornar uma adolescente de fato, aberta a experiências. Leia a crítica e assista ao trailer:

A cerimônia do Oscar 2016 acontecerá em 28 de fevereiro, com apresentação de Chris Rock.

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