Metallica: Through the Never (2013) tem uma ideia interessante. O filme do húngaro Nimród Antal mistura o registro de um show da banda de Los Angeles com uma história de ficção.
No fiapo de trama, um roadie misterioso (Dane DeHaan) é chamado à ação em meio ao concerto para enfrentar algo apocalíptico está acontecendo no centro da cidade - e que pode ter a ver com a presença da banda.
metallica
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Lamentavelmente, a ideia não funciona. O videoclíptico curta-metragem seria até que interessante por si só, mas é demasiadamente mal costurado no espetáculo. A primeira hora inteira é simplesmente entediante, já que nada acrescenta à parte musical. Há segmentos que duram apenas segundos, já cortando de volta ao show, sem qualquer retenção. Os últimos 30 segundos melhoram um pouco, mas o estrago já estava feito.
A fusão de ficção e apresentação ao vivo é simplesmente terrível. Ignore o filmeco, porém, e você terá uma experiência incrível na parte musical. Filmado em 3D e convertido para o formatão do IMAX, Metallica: Through the Never é um registro como poucas vezes o metal teve no cinema.
James Hetfield, Lars Ulrich, Kirk Hammett e Robert Trujillo são apresentados de maneira meio caricata, mas logo que sobem ao palco tudo muda. Trata-se de um show que, se não tem a banda em seu auge (algumas das versões sofreram um pouco com o tempo), mostra que eles podem estar bem mais velhos, mas ainda têm a mesma energia dos tempos de Ride the Lightning, Master of Puppets, ...And Justice for All e Kill 'Em All.
Como um "Best Of", uma celebração da música do grupo, orquestrada em um palco mutante - em que cada canção ganha ambientação própria -, Metallica: Through the Never é fantástico. Empolga, faz acompanhar o ritmo com o pé no cinema, arriscar-se numa "air batera" e certamente vai fazer os fãs cantarem junto (na sessão de impresa todo mundo se segurou). Pena que tenha esse lamentável curta-metragem entre uma música e outra pra atrapalhar o que interessa.
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