Produção independente canadense, Blackbird trata de um tema recorrente nas escolhas da América do Norte, o bullying, mas acrescenta uma reviravolta interessante a ele.
Blackbird
Na trama, o adolescente Sean vai morar com o pai. Revoltado com as mudanças (a mãe foi viver com um outro homem, com quem tem uma filhinha, depois da separação), o garoto começa a exibir no vestuário e nos estilos musicais seu desgosto. Veste-se todo de preto, com direito a jaqueta de couro com espetos, pinta as unhas, faz piercings... mas por trás da fachada - que lhe rende o desprezo de quase todo o novo colégio - Sean não passa de um adolescente típico.
Os problemas começam de verdade quando um de seus contos, em que ele basicamente descreve como seria matar todo mundo em seu colégio, é descoberto na internet. Considerado uma ameaça à comunidade, Sean é preso - e começa sua luta para provar sua inocência e ao mesmo tempo manter sua integridade ideológica.
Os temas polêmicos, porém, não fazem muito pela produção roterizada e dirigida pelo estreante Jason Buxon. Blackbird traz pouco de novo e não é muito corajoso no tratamento de seus personagens. Connor Jessup (Falling Skies), ator canadense em ascensão, porém, vale o filme. Sua atuação, ao lado de Michael Buie (que vive o pai do protagonista), salvam o que seria algo bastante desinteressante.
Como pontos positivos está a ambientação de "lugar algum", que torna o filme um pouco mais perturbador, já que a histeria em massa que exige a cabeça do adolescente na realidade pós-Columbine poderia acontecer em qualquer lugar.
Ano: 2012
País: Canadá
Classificação: LIVRE
Duração: 103 min