Filmes

Entrevista

Imortais | Omelete entrevista Mark Canton e Gianni Nunnari

Os produtores de 300 falam sobre seu novo épico grego e a contratação de Henry Cavill

04.01.2012, às 18H41.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H40

Os produtores Mark Canton e Gianni Nunnari, que trabalharam juntos no épico grego 300, voltam aos cinemas - e ao gênero - em Imortais (Immortals), que conta com o cineasta indiano Tarsem Singh (A Cela) na direção. Na entrevista, Canton e Nunnari falaram sobre a Comic-Con, a contratação de Henry Cavill para o papel principal antes do ator ser chamado para ser o Superman e as inevitáveis comparações entre 300 e Imortais.

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Você ficou feliz com a reação que Imortais recebeu do público quando foi exibido durante o painel da Comic-Con?

Mark Canton: Achei a reação incrível. Principalmente para nós, que viemos à Comic-Con com 300 e nos impactou muito. Esta é sempre a nossa primeira parada depois de concluirmos um filme.

Vocês disseram no painel que 300 não está diretamente ligado a Imortais, mas ambos certamente têm a mesma fórmula.

Canton: Acho que 300 está no DNA de Imortais da mesma forma como filmes de faroeste são parecidos - eles têm o mesmo gênero. As pessoas têm que entender que a mitologia é completamente diferente. Também existe a diferença que Frank Miller foi o gênio que criou 300 - nós que inventamos Imortais. Ainda assim, eu entendo o porquê de todo mundo comparar os dois filmes, mas é bem limitador pensar dessa forma.

O público da Comic-Con adora esse tipo de filme, mas e o público em geral?

Canton: Temos um elenco incrível; Mickey Rourke, que é quem sustenta o filme; Isabel Lucas, que é ótima... O filme envolve romance e uma história de busca e heroísmo de um homem que está a procura da melhor versão de si mesmo; os temas são bem marcantes...

Gianni Nunnari: Acho que o que ele queria dizer com a pergunta é que nós de fato nunca sabemos como será a reação do público. Honestamente, eu não sabia como 300 se sairia até seu primeiro final de semana nos cinemas. Quando temos um filme, no domingo à noite vamos ao cinema para ver como o público reage. Os três primeiros dias após a estreia são os mais importantes. Acho que seria presunçoso demais dizer que sabemos como será a reação do público. Sim, as pessoas que vem à Comic-Con são a audiência perfeita para esse tipo de filme, são nosso primeiro teste. Se 80% das 6 mil pessoas que assistirem ao filme aqui gostarem, acredito que 60% da massa também vai gostar. Resumindo, estou bem feliz com o resultado do painel. Mas não posso declarar vitória até que eu consiga cortar a cabeça do meu inimigo. [risos]

300 foi o filme que lançou Gerard Butler no mercado hollywoodiano. Imortais parece estar fazendo o mesmo com Henry Cavill, além de vários outros atores.

Nunnari: Mas foi diferente. Gerard já era conhecido na indústria, mas ele ainda não tinha feito sucesso com nenhum papel específico. E Leonidas era o papel dos sonhos de muito ator. Por isso que acho diferente, a história com Henry... Quando o escolhemos, ele estava saindo de The Tudors. Se eu chegasse para o público e dissesse 'esse filme é estrelado pelo protagonista de Tudors', eles jogariam tomates em mim. [risos] Nós esperamos por volta de um ano e meio, dois anos para cortar custos e conseguir com que algum estúdio o produzisse. Henry começou e parou de treinar para o início das filmagens três vezes; tanto é que, quando realmente começamos a rodar Imortais, ele não precisava mais treinar, já estava perfeito para o papel. Mas porque o escolhemos? Não sei, talvez foi um instinto, talvez nos mantivemos fiéis a um ator que, durante nove meses, treinou para um papel enquanto esperava o início das filmagens. Recebemos várias ligações dos estúdios perguntando se não queríamos trocar o protagonista porque, se fosse alguém mais conhecido, o filme seria aprovado mais rapidamente. Mas ainda bem que não o fizemos; é melhor dizer que temos o Superman no filme do que o cara de Tudors. [risos]

Mas o que todos têm visto em Cavill ultimamente? Ele esteve entre os finalistas para ser o Superman do Bryan Singer, para ser James Bond, para o Batman...

Nunnari: Acho que existem atores e atrizes que trazem em si um protagonista. Acho que Henry tem isso desde jovem e, mais cedo ou mais tarde, ia acontecer de ele se tornar um protagonista. Mas é preciso treino para isso. Por exemplo, nós conhecíamos Johnny Depp desde pequeno, eu cheguei a oferecer muito dinheiro para que ele fizesse alguns papéis - e ele sempre dizia não. Ele sabia que tinha tempo para escolher quando queria se tornar um astro. Henry é esse tipo de ator.

Canton: Uma das coisas mais difíceis em ser produtor é continuar insistindo com esse tipo de ator. Existem muitos candidatos para um papel como esse e, quando você ainda não é uma estrela, todos aqueles que estão financiando um filme têm dúvidas, mas você tem que acreditar naquele ator. Henry agora tem esse papel incrível no filme de Zach [Snyder], o que eleva todos os outros filmes com os quais ele está envolvido.

Immortals se passa em uma Grécia devastada por conflitos. O guerreiro Teseu (Henry Cavill) lidera seus homens, aliados aos deuses do Olimpo e a uma sacerdotisa do oráculo (Freida Pinto), contra um exército maligno e Titãs para impedir a erupção de uma guerra. A estreia no Brasil aconteceu em 30 de dezembro - leia a crítica.

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