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Beasts of No Nation | "Sair do personagem foi fácil", diz Idris Elba

Filme chega hoje à Netflix e traz ator como um ditador sanguinário

16.10.2015, às 16H27.
Atualizada em 16.10.2015, ÀS 16H41

Escondido atrás de uma intensa carga de carisma seus reais objetivos, o chefe guerrilheiro vivido por Idris Elba (Thor: Mundo Sombrio) em Beasts of no Nation é fruto de enorme trabalho de pesquisa do ator. O filme, primeiro longa dramático da Netflix, chega hoje ao serviço de streaming revela o resultado de um árduo processo de entrega de Elba, que trabalhou ao lado do diretor Cary Fukunaga, o homem por trás da primeira temporada de True Detective.

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"O Comandante é um líder tanto militar como espiritual. Para criá-lo eu não pesquisei pessoas específicas, mas estruturas de ditadura no mundo. O curioso é que eu não pesquisei nada sobre carisma e o roteiro não falava nada disso... mas o Comandante simplesmente saiu assim!", revelou em conversa com o Omelete.

O sotaque carregado do personagem é outro elemento importante nessa composição. "Ele não tem um som específico de algum país africano, pois não queríamos situar o filme geograficamente. Então o sotaque virou uma mistura de minha herança familiar - meu pai é de Serra Leoa e minha mãe do Gana, onde rodamos o filme". O ator também conta que parte de sua intenção foi honrar a história dos dois, cujos países passaram por guerras civis sangrentas. "Sem falar na vontade de fazer algo relevante. As crianças sofrem demais nesse nosso mundo", disse.

Nesse sentido, o elenco jovem foi fundamental para transmitir o drama de soldados-criança em zonas de guerra. "A química entre todos era fudamental e fizemos muitos workshops com eles", lembrou o ator, que revelou gostar muito de trabalhar com novatos, pelas possibiidades que isso traz. "Há muita liberdade", disse.

Elba também comentou que não encontrou qualquer dificuldade para expurgar o personagem de sua mente.

"Quando eu faço o Luther é difícil... ele é calculista e cerebral demais. Ele fica comigo muito tempo", contou referindo-se ao detetive que interpreta na TV na série homônima. "Mas o Comandante, com toda sua violência e atrocidades, foi surpreendentemente fácil! No dia em que saímos da floresta fui para uma boate em Acra, a capital do Gana, e toquei de DJ a noite inteira! Foi proposital e funcionou perfeitamente", completou.

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