Sherlock Holmes (2009), a nova adaptação aos cinemas das clássicas histórias de Sir Arthur Conan Doyle, só estreia no Brasil em 8 de janeiro de 2010. Mas o Omelete já viu o filme e depois de tanto falar sobre ele e criar expectativas podemos já assegurar que a diversão está garantida!
Guy Ritchie, que voltou a ser Guy Ritchie em Rocknrolla, consegue dar à Londres vitoriana um ar nada pomposo, deixando de lado os lordes para se focar naquilo que sabe: ação com pitadas cômicas. E por isso nada mais acertada do que a dupla Holmes / Watson formada por Robert Downey Jr. e Jude Law. Os dois atores fogem completamente à imagem já clássica que se faz da dupla. Não temos aqui um investigador alto e magro e um arredondado fiel escudeiro. A relação entre eles é a de dois amigos que adoram testar um ao outro e não vão jamais se desgrudar.
Sherlock Holmes
Sherlock Holmes
Sherlock Holmes
O texto é uma adaptação das HQs escritas por Lionel Wigram, que por sua vez foi beber direto na fonte. Por isso, nada de "elementar, meu caro Watson", afinal essa frase jamais foi escrita por Conan Doyle. O Holmes "modernizado" que vemos aqui é ágil e bom de briga como se via nos livros e Watson é um médico veterano de guerra e por isso um par perfeito para toda a ação que seu colega pretende encarar. Holmes é, também, bastante excêntrico e incrívelmente rápido na hora de observar e tirar conclusões. Como deve ser!
Para dar ao filme um elemento minimamente capaz de entreter o público feminino foi chamada Irene Adler (Rachel McAdams), personagem secundária nas investigações literárias da dupla, mas que ganha aqui papel de interesse romântico e rival de Holmes. Mary, a noiva de Watson, é interpretada pela ruiva Kelly Reilly e tem mais destaque no filme do que se imaginaria.
O vilão da vez ainda não é o Professor Moriarty, mas sim Lorde Blackwood (Mark Strong). Logo na primeira cena ficamos sabendo que ele participa de rituais satanistas e não mede esforços para escapar das mãos de Holmes. Nem mesmo a prisão e a condenação à forca vão impedi-lo de levar seu plano adiante.
Alguns efeitos especiais, como aquele exibido no trailer em que uma enorme roda com correntes passa por cima de Holmes e Watson, não estão no nível do resto do projeto e poderiam facilmente ter ficado de fora diminuindo consideravelmente as mais de 2 horas de duração. Mas é tanta ação, que mal dá tempo de reclamar.
Se o seu medo era uma completa descaracterização do famoso detetive em prol de um personagem mais moderno e capaz de carregar uma franquia nas costas, comece a se preocupar. Já se a sua única preocupação é ir ao cinema e se entreter, seu programa para esse verão já está garantido.
