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Em Nome da Lei | "Fiz o filme para falar do desejo de justiça que temos", diz Sergio Rezende

Longa chega aos cinemas esta semana

20.04.2016, às 16H42.
Atualizada em 02.11.2016, ÀS 22H00

Diretor de um marco do cinema brasileiro no terreno do thriller, o aclamado O Homem da Capa Preta (1986), o carioca Sergio Rezende volta ao gênero que o consagrou com Em Nome da Lei, em cartaz a partir desta quinta-feira, adentrando a fronteira entre o Brasil e o Paraguai com a promessa de renovar o filão policial pelas vias da Justiça. Um dos títulos nacionais mais esperados do ano por exibidores, graças ao carisma popular de seu protagonista, o ator Mateus Solano, o longa-metragem aborda a luta de um juiz alocado numa cidade do Mato Grosso do Sul cujo cotidiano é legislado por um traficante, Gómez “El Hombre”, vivido por Chico Diaz.

“Gómez acredita na lei que ele mesmo impõe, a lei da selva, e a chegada de um novo homem, o juiz Vítor, vivido pelo Solano, vem desafiar seu comando. Vítor também tem leis para impor, só que mais civilizadas”, diz Rezende, realizador de sucessos de público como Guerra de Canudos (1997).

Com sequências de ação surpreendentes para o padrão nacional de tramas sobre polícia e bandido, Em Nome da Lei investe na adrenalina para mostrar o ambiente hostil de um Brasil profundo, no qual a Justiça se vende por cifras altas. A cruzada moral de Vítor, apoiado no braço armado do agente federal Elton (Eduardo Galvão), é um caminho para Rezende abrir uma reflexão sobre a institucionalização da violência.

“Cresci na geração paz e amor dos anos 1960, no sonho hippie de um mundo integrado e pacífico. Mas essa utopia fracassou. Não por acaso, meu primeiro longa, lá de 1982, chama-se O Sonho Não Acabou como um esforço de esperança. Mas não é com paz e amor que o mundo tem andado para frente. A violência virou a linguagem vencedora”, avalia o diretor. “Fiz Em Nome da Lei para falar do desejo de justiça que temos, o desejo de que os contraventores paguem por seus crimes. Vimos Joaquim Barborsa, um juiz, ser herói, e, neste momento, de certa forma, o juiz Sérgio Moro, está neste lugar. Mas é preciso refletir qual é o papel da Lei. E Vítor, um herói torto, abre esse debate”.  

A estreia está marcada para esta semana.

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