Durante uma sessão de perguntas e respostas no Sindicato de Roteiristas de Hollywood no fim de semana, J.J. Abrams, Michael Arndt e Lawrence Kasdan, respectivamente diretor e os dois roteiristas de Star Wars: O Despertar da Força, falaram sobre a criação de Kylo Ren como o vilão do filme - e o que seria preciso para ele se firmar como um bom antagonista e suceder um dos maiores vilões do cinema, Darth Vader.
As declarações contêm spoilers.
“Star Wars tinha o maior vilão da história do cinema. Então trazer um novo vilão a esse mundo é uma coisa problemática", começou Abrams. "Nós sabíamos que tínhamos que fazer algo corajoso. E a única razão de Kylo Ren ter alguma esperança de ser um sucessor à altura [de Vader] é matar um dos nossos personagens mais amados."
"Muito antes de termos o título do filme, a ideia de O Despertar da Força era mostrar a evolução não só de uma heroína mas também de um vilão. Não um vilão completo, pronto, mas alguém que estaria no meio do processo", continua Abrams. "É um conflito de escolha gigantesco. Como poderíamos matar Han Solo? Mas, se não tivéssemos feito isso, o filme não teria coragem nenhuma."
No bate-papo, Arndt diz que a ideia era começar o filme com todos separados, e Han e Leia se reconciliariam no final. "Mas Abrams perguntava 'o que Han está fazendo nesse filme?' Se não tiver nada importante ou irreversível acontecendo, ele é uma mala a arrastar. É uma mala ótima e sexy, mas não evolui, não leva a trama adiante."
Sobre a reação de Harrison Ford ao fato: "Ah, ele está ótimo", disse Abrams. E Kasdan emenda: "Ele sempre quis isso na época em que estávamos fazendo os Episódios V e VI. Talvez ele só tenha reconsidera um pouco nesse meio tempo [até o Episódio VII]". Abrams diz que o apoio de Kasdan à decisão de matar Solo lhe ajudou a ter mais confiança na decisão. "Você [Kasdan] escreveu alguns dos melhores diálogos que Han já teve, então senti um nível de conforto no meio do perigo."
