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Truque de Mestre: O 2º Ato | Daniel Radcliffe fala sobre ser vilão, aulas de mágica e Harry Potter

Ator conversou com o Omelete em Nova York

10.06.2016, às 14H58.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H47

Depois que deixou de ser Harry Potter, Daniel Radcliffe não teve medo de arriscar na sua carreira de ator. Buscou filmes de baixo orçamento (A Mulher de Preto, Versos de Um Crime, Amaldiçoado, Será Que?) e produções na TV (A Young Doctor's Notebook) para explorar todas as suas facetas como ator. Do terror, ao drama, passando pelo grotesco e pelas comédias românticas. No ano passado, encarnou o corcunda Igor em Victor Frankenstein e no início deste ano "viveu" um simpático defunto cheio de gases em Swiss Army Man. Agora, em Truque de Mestre: O 2º Ato, faz o seu primeiro vilão inglês em uma produção hollywoodiana.

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"Foi como se eu tivesse cumprido um rito de passagem, sabe?", conta o ator em entrevista ao Omelete, "finalmente eu encarnei um vilão inglês de filme, ardiloso, maquiavélico. Fazer o antagonista dos mocinhos do filme foi uma das razões principais de eu ter topado entrar nesta franquia". O outro motivo para aceita o papel, revela, foi Michael Caine: "é algo absolutamente maravilhoso para um ator inglês como eu que cresceu vendo os filmes dele no cinema. Eu ouvi muitas histórias sobre ele, de colegas meus que trabalharam com ele, de todas as gerações. Todos o respeitam tanto. Eu sempre pensei: quero ser como sir Michael. E vê-lo trabalhar, ali, de perto, cara a cara, entender finalmente do que todo mundo falava quando babavam por ele, foi algo de fato especial pra mim. Valeu o filme".

Outro fator que levou Radcliffe à produção foi a repulsa do seu personagem por mágica: "Definitivamente foi uma das coisas que eu gostei em Walter Mabry, não vou mentir. Pensei: se eu vou fazer um blockbuster com mágica no meio, este é provavelmente o papel que eu devo fazer", brinca. Sem precisar aprender nenhum truque, o ator participou de aulas com Jesse Eisenberg e Dave Franco por diversão: "Dave é sensacional com as cartas, de verdade, não é efeito especial de filme não. Ele é genuinamente um expert. Eu só ficava olhando. Foi ótimo só ficar olhando".

Apesar das brincadeiras, o ator garante que não tem problemas em ser eternamente associado a Harry Potter: "Não tem jeito, qualquer coisa que eu fizer na vida vai ter alguém que vai encontrar alguma relação. Eu aceito de boa. Mesmo". É tudo uma questão, explica, da magia do cinema: "Quando as pessoas vêm me dizer que eu sou uma parte importante da infância delas. É a magia do cinema. É magia. Não envelhece. E quando eu vejo um bom filme, quando sou capturado pela magia que acontece quando o filme é de fato bom, eu quero imediatamente encontrar um roteiro genial e criar algo significativo. É a magia que me impele a atuar. E também a escrever e a dirigir".

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"Quando era adolescente, claro, pesei muito a vida que vinha junto com atuar em blockbusters, a fama, o fim de uma vida normal sem as pessoas te observarem o tempo todo, mas nada que fosse mais forte do que uma certeza: atuar é onde me sinto mais confortável comigo mesmo", conclui Radcliffe, cujos próximos trabalhos no cinema dão continuidade a sua jornada por uma carreira diversificada. Nos próximos meses o ator estará em Imperium, interpretando um agente infiltrado em grupo de neonazistas;  Young Americans, em que retomará a parceria com John Krokidas, de Versos de Um Crime; e Jungle, sobre um grupo de amigos que vai para a selva boliviana acompanhado de um guia charlatão.

Truque de Mestre: O 2º Ato já está em exibição nos cinemas brasileiros - leia a nossa crítica.

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