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Crítica

Crítica: S.W.A.T. - Comando Especial

S.W.A.T.

27.11.2003, às 00H00.
Atualizada em 04.11.2016, ÀS 13H01

Num ano difícil para os filmes de ação, quando pouquíssimos blockbusters milionários conseguiram recuperar seus investimentos, S.W.A.T. (2003) chegou como uma boa surpresa. Diferente da extremamente pretensiosa concorrência, a produção entrou em cartaz nos Estados Unidos com alarde mediano e conseguiu um resultado positivo, apesar de pertencer a um gênero que parece estar começando a perder o interesse do público: o das adaptações de seriados de TV.

Mas é justamente aí que está o maior mérito de S.W.A.T.. Apesar de utilizar os mesmos nomes de alguns personagens do seriado, o filme não parece nem um pouco preocupado em ser uma adaptação e faz as ligações com o original da maneira mais inteligente possível: através de pequenas homenagens aos elementos mais memoráveis da antológica série. Pra começar, na telona, o S.W.A.T. da TV é simplesmente um programa que os policiais assistem e gostam. A boa saída viabiliza a utilização da clássica música-tema do seriado, que virou uma espécie de "mascote" dos membros do Esquadrão de Armas e Táticas Especiais (Special Weapons And Tactics).

S.W.A.T. - Comando Especial

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Claro que S.W.A.T. não é nenhuma obra-prima. O roteiro tem momentos previsíveis, o desenvolvimento dos personagens é superficial, etc. Mas a ação, graças à direção competente de Clark Johnson (diretor de seriados policiais como The shield e Nova York contra o crime), é bem estruturada, intensa e, principalmente, divertida. Há um bom-humor geral na produção. Não há personagens excessivamente taciturnos ou estereotipados. Até o vilão (Olivier Martinez, de Infidelidade) é bastante simpático, assim como Samuel L. Jackson, que também parece extremamente tranqüilo no papel do sargento Dan "Hondo" Harrelson.

Na história, depois de ser afastado das ruas - conseqüência de um acidente causado pelo seu parceiro -, o oficial Jim Street (o "canastrão do bem" Colin Farrell) é punido e acaba trabalhando no depósito da S.W.A.T., mesmo sendo um dos melhores homens de seu esquadrão. Sua chance de redenção chega seis meses depois, quando o sargento Hondo (personagem criado no seriado de TV) volta à ativa com a missão de recrutar o "dream team" do departamento, para melhorar a imagem da S.W.A.T. junto à opinião pública.

Detestado pelo seu oficial superior, Hondo consegue formar um time de primeira, que inclui Street, Deke (LL Cool J) e Sanchez (Michelle Rodriguez, sorrindo pela primeira vez em sua carreira!), a primeira mulher na divisão. O que o sargento não desconfia é que sua equipe terá que enfrentar um dos maiores desafios que a S.W.A.T. já encarou... eles terão de transportar um criminoso internacional chamado Alex Montel (Martinez) para uma prisão de segurança máxima no meio do deserto. Para aumentar o grau de dificuldade, o malfeitor ofereceu, na frente das câmeras de TV, 100 milhões de dólares para quem conseguir tirá-lo da cadeia. Não demora para que todos os mercenários e bandidos do Estado criem uma verdadeira guerrilha urbana para tentar soltar o mafioso...

Enfim, duas horas de entretenimento que não ofendem o espectador. Algo impossível de dizer dos dois últimos filmes baseados em programas de TV - As Panteras: Detonando e Sou Espião - duas bombas que nem a S.W.A.T. conseguiria desarmar.

Nota do Crítico
Bom
S.W.A.T. - Comando Especial
S.W.A.T.
S.W.A.T. - Comando Especial
S.W.A.T.

Autor: Clark Johnson

Ano: 2003

País: EUA

Classificação: 14 anos

Duração: 117 min

Direção: Clark Johnson

Elenco: Samuel L. Jackson, Colin Farrell, Michelle Rodriguez, LL Cool J

Onde assistir:
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