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Táxi | Crítica

<i>Táxi</i>

04.11.2004, às 00H00.
Atualizada em 07.11.2016, ÀS 05H05

Táxi
Taxi
EUA/França
, 2004
Ação/Comédia - 97 min.

Direção: Tim Story
Roteiro: Luc Besson, Ben Garant, Thomas Lennon, Jim Kouf

Elenco: Queen Latifah, Jimmy Fallon, Henry Simmons, Jennifer Esposito, Gisele Bundchen, Ana Cristina de Oliveira, Ingrid Vandebosch, Magali Amadei

A equação perfeita para atiçar a testosterona do grande público do cinema tem dois elementos principais: perseguições em alta velocidade e mulheres gostosas. Era assim nos rachas de James Dean em Juventude transviada e continua até hoje, com Matrix e franquias do gênero Velozes e furiosos.

Táxi (2004) vem apostando nessa conta simples, com um carro envenenado e nossa Gisele Bündchen em trajes mínimos.

O filme é remake de uma comédia produzida por Luc Besson em 1998. Refilmado para a digestão da audiência norte-americana, notoriamente avessa a legendas, Táxi tem de tudo para fazer borbulhar os hormônios da platéia babona.

O enredo é bobinho: policial trapalhão que não sabe dirigir (Jimmy Fallon, do Saturday Night Live) encontra, por acidente, uma taxista que guia um carro envenenado por Nova York (Queen Latifah). A dupla se junta para capturar um grupo de ladras brasileiras espertalhonas que está aterrorizando o sistema bancário da cidade.

A transferência da ação da francesa Marselha para NY fez sentido, já que é difícil pensar na cidade sem o mar de táxis amarelos. A mudança de sexo do dono do táxi também é inofensiva, na medida para encaixar o talento de Latifah (Chicago).

Mas a adaptação do roteiro, porém, erra bastante quando se esforça para ser diferente do original. Eliminou umas poucas tiradas inteligentes do filme francês, bagunçou sem necessidade a ordem do enredo e roubou o pouco de verossimilhança que ainda existia.

Na dupla protagonista, Fallon e Latifah parecem estar, com o perdão do trocadilho, ligados no piloto automático. Ele, o branquelo bobo, e ela, a negra grandona, sagaz e corajosa, são apenas dois comediantes fazendo um trabalho mediano.

Mas Táxi tem um fator a mais de interesse para o público brasileiro: a presença da top model Gisele Bündchen no elenco. Ela encarna Vanessa, a líder das ladras brasileiras e, capacidades de interpretação à parte, se torna o fator mais divertido do filme.

Gisele faz caras e bocas, usa bigode, abusa do seu porte e do seu belo corpinho em trajes sumários, dirige em alta velocidade e atira em todo mundo. A cena onde revista a tenente interpretada por Jennifer Esposito vai grudar nos sonhos molhados de muita gente.

Para inveja de Rodrigo Santoro, que entrou mudo e saiu calado de sua estréia hollywoodiana em Panteras: Detonando, Gisele fala - e fala muito, até. Problema é que sua personagem fala português, emenda um sotaque lusitano ao conversar com sua comparsa (interpretada pela modelo portuguesa Ana Cristina de Oliveira) e, no finalzinho, esquece de tudo e só fala em inglês com suas colegas brasileiras.

Apesar da salada da produção e de sua cena final - divertidíssima, mas embaraçosa - a modelo é realmente o grande atrativo de Táxi. Se quiser assistir, vá só por ela - a não ser que você seja tarado por motores envenenados, cavalos de pau e pneus esfumaçados.

Se não, vá a qualquer locadora e gaste umas pipocas com o original francês. Filme B por filme B, em Marselha é muito melhor.

Nota do Crítico
Ruim
Táxi
Taxi
Táxi
Taxi

Autor: Tim Story

Ano: 2004

País: EUA/França

Classificação: 12 anos

Duração: 97 min

Elenco: Queen Latifah, Jimmy Fallon, Jennifer Esposito, Gisele Bündchen

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