E3 2013 | Elder Scrolls Online é MMORPG sem segredos

Não costumo jogar MMORPGs e sempre preferi a experiência single player dos RPGs. Mas a tentação de ver o que uma das minha produtoras favoritas, a Bethesda, está fazendo no gênero foi grande demais - e optei por encerrar minha E3 2013 no estande da empresa jogando The Elder Scrolls Online.

Como enorme fã da série Elder Scrolls e dono de um argonian com 180 horas de jogo em Skyrim, a sensação de familiaridade com a versão MMORPG desse universo foi imediata. A começar pela visão em primeira pessoa, algo pouco comum no gênero (a opção em terceira pessoa também está disponível). Escolhi um mago orc no customizador de personagens simplificado para essa demo (a versão final promete ser idêntica à do game offline) e fui para a batalha.

Não levou nem 5 minutos para que eu entendesse toda a árvore de habilidades e os controles. O game em primeira pessoa funciona de maneira que parece uma fusão de Skyrim com World of Warcraft. Tudo muito instintivo e fácil, sem qualquer curva de aprendizado para quem já jogou pelo menos um MMO na vida.

O mundo de Elder Scrolls também foi sensivelmente transportado para esse novo gênero. Cidades repletas de NPCs com coisas a dizer e a qualidade do diálogo da série imediatamente me transportaram de volta a Tamriel. E o melhor... com elementos de outros games da franquia, como Oblivion.

A demo, porém, apresentou problemas. Meu orc depois de morrer uma vez nunca mais conseguiu levantar-se, andando morto pela cidade, como uma massa bizarra ambulante. Nada que a Bethesda não tenha tempo de sobra para arrumar, já que o game está previsto para 2014 para PCs, Macs, Xbox One e PS4.

Para os produtores, a melhor experiência da E3 foi ver fãs de longa data da série discutindo e interagindo para enfrentar monstros que eles sozinhos não conseguiriam matar. "Ver as expressões dessas pessoas, que não se conhecem, vibrando juntas"

O game terá áreas PvP com grandes conflitos entre facções, com batalhas em castelos e sítios a essas fortalezas. Milhares de jogadores ao mesmo tempo defendendo e tentando invadir essas áreas. Realizações nessas arenas geram pontos que podem ser trocados por armas e itens. A escala épica contrasta com os pequenos detalhes e mecânicas famosa na série, como a furtividade. Serão nove raças diferentes (três para cada uma das três facções), cada uma com suas habilidades e extras específicos.

Sistema de montarias customizáveis também será incorporado, bem como de alquimia, encantamentos, criação de armas e armaduras. Como no jogo offline, literatura também está espalhada pelo mundo. Os casamentos também foram remodelados, e agora se tornaram uma cerimônia de "ligação" (de certa maneira removendo o componente romântico), em que a dupla, caso esteja usando seus anéis, ganha bônus em batalha quando junta.

A Bethesda também aposta em uma tecnologia chamada "megaserver", que não limita o jogador a servidores específicos, mas trata todos os servidores como um imenso mundo. Caso um amigo seu esteja em outro "canal", como eles chamam as limitações de personagens por mundo, é só avisar ao game que vocês querem jogar juntos e os dois imediatamente aparecerão juntos. "Guildas" também não foram esquecidas e geram vantagens ao grupo de jogadores e a oportunidade de criar bancos de itens e fortalezas.

A trama se passa mil anos antes dos acontecimentos em Skyrim, antes de Tiber Septim ser coroado imperador e Tamriel ainda não ter um império unificado responsável por todas as provincías. Entre os desafios, o jogador deve vencer batalhas sangrentas e atingir o primeiro lugar do ranking para se tornar imperador de Tamriel.

The Elder Scrolls Online será lançado no segundo trimestre de 2014.