Bayonetta é um game controverso. À época em que foi lançado gerou reações extremas de amor e ódio. Dos controles ao visual, tudo sobre o título era motivo de discórdia. A discussão continuou quando a sequência foi anunciada exclusivamente para Wii U - a sexualidade e violência embutida na aventura não combinam com a Nintendo. E pela demonstração disponível na E3 2014, a polêmica continuará.

Durante os três capítulos do gameplay ficou notório que nenhuma mudança drástica foi feita na jogabilidade. Não há economia alguma na quantidade de objetos e inimigos na tela, nem no tamanho das criaturas. Mesmo com gráficos datados e pouco diferentes do antecessor, Bayonetta 2 enche os olhos pela confusão organizada que apresenta na tela. A mistura de referências na hora da criação de personagens e golpes é de impressionar. O padrão do primeiro jogo é levado a um outro nível.

Os gráficos, porém, não são a força da série. Jogar com Bayonetta carrega um misto de irreverência e suavidade. Durante os quase 30 minutos que joguei, consegui lembrar como um bom hack'n'slash é feito. A fluidez dos movimentos da protagonista quando anda pelo cenário e a facilidade de combinar golpes primários e secundários torna todos os combos naturais, logo, visualmente agradáveis. A maior diferença, talvez por se tratar de uma demo, foi a dificuldade baixa. O primeiro jogo prezava pelo desafio, mesmo que usasse os famigerados Quick Time Events, que também estão de volta.

Entre as novidades de Bayonetta 2 está o multiplayer cooperativo. Uma nova personagem foi apresentada sem muitos detalhes, mas servirá como ajudante nas missões principais e terá um importante papel na história. A bruxa também ganhará novas armas, entre elas um machado e uma lança gigante. Com elas, as sequências de luta mudam completamente, assim como a estratégia no combate. Segundo a Platinum Games, outros instrumentos serão revelados nos próximos meses, pois essa é uma mudança que fará diferença na narrativa do jogo.

É inévitável olhar para Bayonetta 2 no Wii U e pensar nos gráficos. É como assistir a um jogo no PlayStation 3 ou Xbox 360 - em uma feira como a E3, onde esses consoles sequer apareceram, isso conta como um ponto negativo. No entanto, é preciso colocar as mãos no GamePad para entender quão excelente esse jogo pode ser, tanto para diversificar os títulos exclusivos do console da Nintendo, quanto para a evolução dos games de ação.

Bayonetta 2 chega para o Nintendo Wii U em outubro.