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Pro Evolution Soccer 2016 demorou para ser anunciado, mas está disponível para demonstrações na E3 2015. O Omelete ficou cerca de meia hora com o novo jogo da Konami para comprovar que ainda falta um bom caminho para a série voltar aos trilhos. Apesar da evidente melhora no controle da bola, a lentidão nos comandos e os defeitos de colisão não deixam PES voltar a ser o que era.

Foram vinte minutos de demo, uma partida entre Brasil e Alemanha, para o desgosto dos fãs do escrete canarinho. O uso dessas duas seleções possibilitou o teste de alguns aspectos primordiais para um game de futebol: toque de bola, perfeitamente representado pela Alemanha; e velocidade, que tem no Brasil de Dunga um bom exemplo de efetividade.

Nessas duas vertentes, PES 2016 mostrou mais problemas do que virtudes. Todos os jogadores conseguem controlar melhor a bola, ela não parece ter mais um imã dentro de si, nem um dispositivo de repelir, como no jogo passado. A interação entre ela, o jogador e o gramado é mais natural. Para um jogo de mais cadência (Alemanha), isso é uma vantagem, já que ter a redonda sob controle é meio caminho para o gol. Ou seja, PES continua diminuindo seu ritmo, sua velocidade - e fica cada vez mais distante de suas raízes.

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É verdade que nos últimos anos a Konami tentou acelerar um pouco mais o gameplay. No caso de PES 2016, porém, os resultados não são agradáveis. O equlíbrio entre os piques e as caminhadas dos jogadores não é alcançado. Durante quase toda a partida os atletas parecem estra com o "freio de mão puxado" - somente em momento de disputas rápidas de bola que eles têm uma explosão de velocidade. Não existe sentido nessas mudanças drásticas. Elas são esporádicas e fora de contexto, prejudicando o andamento do jogo e até o aprendizado dos menos iniciados. E apesar de dar vantagem à estratégias de contra-ataque (Brasil), elas deixam PES cada vez mais distante de uma simulação agradável.

Mesmo com a manutenção destes problemas, PES 2016 deixa o campo aberto para uma chuva de gols. Perto da área, a poucos metros da meta, dificilmente alguém errará o alvo. Basta virar alguns centímetros para a direita ou esquerda e o objetivo estará completo. Depois do ponto feito, chega o momento inédito da série: a comemoração. A escolha é feita como um quick time event, escolha um botão e o jogador vai vibrar de um jeito específico. Floreio divertido e atrasado, ainda assim válido.

As licenças e os modos de jogo, maiores atrativos da franquia, não puderam ser testados na E3 2015. Então, por enquanto, PES 2016 se mantém alguns quilômetros atrás de FIFA, para ser claro. Existem ajustes de ritmo e colisão que precisam ser feitos de prontidão para que o título consiga se diferenciar, e ao mesmo tempo se tornar uma alternativa viável para os jogadores da concorrência. Neste primeiro momento, esse feito ainda parece um pouco longe.