The Empire Strikes Back, 1983

Star Wars, 1991

Super Star Wars, 1992

X-Wing, 1993

Rebel Assault, 1993

Dark Forces, 1995

Kyle Katarn

Shadows of the Empire, 1996

Masters of Teräs Käsi, 1998

Episode I Racer, 1999

Battlegrounds, 2001

Battlefront, 2004

Star Wars Lego, 2005

A partir de 1977, com o lançamento de Uma Nova Esperança, o mundo foi definitivamente transformado pela mitologia moderna de George Lucas. Darth Vader era o bicho papão da hora e os três porquinhos foram substituídos no imaginário infantil por um velho barbudo e um sapo verde que lutavam com sabres de luz.

Daquele amontoado de histórias aparentemente mal costuradas surgiu um império nesta galáxia de cá. A LucasFilms e suas dezenas de subsidiárias (sendo a Industrial Light & Magic a mais influente) tomaram o planeta de assalto. Entre elas está a hoje famosa LucasArts, desenvolvedora de games. Uma das mais lucrativas destas empresas-filhotes, no entanto, ela pouco faturou em seu início com a festejada franquia galáctica do diretor.

Os jogos iniciais de Star Wars foram licenciados por outras companhias e a década de 80 viu um tímido início de migração da franquia para a telinha. O lançamento para Atari, em 1983, de The Empire Strikes Back (em que o jogador pilotava um snowspeeder feito de 4 ou 5 pixels e deveria dar uns setecentos tiros para derrubar um AT-AT) foi o pontapé inicial para o que viria a se tornar um universo de 140 (!) títulos, segundo censo do site Gamespot.com.

Alguns outros jogos para o Atari e Arcades (todos terríveis) apareceram entre 1982 e 1983, quando o mercado de videogames viveu sua primeira grande crise e tudo sumiu do mercado, inclusive os jogos de Star Wars. Paralelamente a este início de história, Lucas fundava sua companhia de entretenimento eletrônico - e, estranhamente, passou a largo de sua mais lucrativa franquia.

Alguns jogos de ação mais tarde, a verdadeira vocação da LucasArts viria à tona com o lançamento de Maniac Mansion em 1987, em uma grandiosa tradição de jogos de aventura animada e quebra-cabeças que acabaria com Escape from Monkey Island em 2000 - sem nunca botar uma piada infame sequer na boca de um Jedi.

Foi no início dos anos 90 que a LucasArts milagrosamente lembrou-se da mina de ouro que tinha em mãos e lançou seus primeiros projetos dentro da mitologia estelar. Consoles da Nintendo recebiam jogos-de-plataforma tradicionais, aqueles de ação horizontal 2D, revivendo a trilogia original. Mas foi em 1993 que X-Wing foi lançado para computadores PC assinado pela companhia de George Lucas. O jogo tornou-se um dos mais vendidos naquele ano, abrindo as porteiras para o lançamento de mais e mais títulos.

Foi a busca do lucro pela variedade (e não pela qualidade) que permitiu que a LucasArts licenciasse títulos até para quem ligava à companhia por engano. Se uma variedade de jogo era moda, pode crer que dentro em breve um clone-jedi nasceria no vácuo. Daí que surgiram abortos como Star Wars Monopoly (Banco Imobiliário em que se poderia, supostamente, botar três hotéis em Kashyyyk), Star Wars Chess (em que o rei preto é, pasme, Darth Vader!), Star Wars Demolition e Star Wars Force Commander (sonífero potente em forma de jogo de estratégia).

Algumas bolas rasparam a trave e acabaram entrando no gol, como no caso de Rebel Assault, um jogo medíocre da tradição de Dragon’s Lair que acabou sendo o maior responsável pela difusão dos kits multimídia para PC (que atire a primeira pedra quem não pulava de felicidade com um CD-ROM de 4 velocidades e uma placa de som Sound Blaster 16 Pro na época). Yoda Stories, de 1997, foi outro acerto mais por sorte que juízo, já que nada se poderia esperar de um título com gráficos dignos do Windows 3.0 e sem nenhuma história definida.

Dark Forces, de 1995, foi uma das primeiras iniciativas a retratar a qualidade que se esperava de um título da franquia. Diz-se que a LucasArts usou de engenharia reversa para inspirar-se no sistema de jogo de Doom e fazer seu próprio jogo de tiro em primeira pessoa, em que o jogador controlava o desertor do império Kyle Katarn - personagem que se tornaria um dos mais famosos do "Universo Expandido" de Star Wars (criações dos games, livros, HQs). Desta série ainda saíram outros quatro títulos, sendo Jedi Academy, de 2004, o último até então. No mesmo ano, Rebel Assault II repetia a dose de tédio mas, a exemplo de seu antecessor, causou imenso frenesi. Tanto ele quanto Dark Forces traziam as primeiras cenas filmadas do universo de Lucas desde que Luke Skywalker cremou o pai em O retorno de Jedi.

A segunda metade da década de 1990 trouxe, entre outros, o bom game de estratégia Star Wars: Rebellion, a aventura-evento multimídia Star Wars: Shadows of the Empire (que foi publicada também em HQ, livro e teve até trilha sonora), a aventura Rogue Squadron e o absurdo clone de Tekken, Star Wars Masters of Teräs Käsi.

Com o lançamento de A Ameaça Fantasma mais uma fornada de jogos chegou às prateleiras e mesmo o mais entusiasmado fã da série deve ter chorado de ódio ao tentar guiar Obi Wan Kenobi no Gameboy Advance em Jedi Power Battles. De tudo o que foi lançado como material específico do filme, só Episode I Racer se salva, trazendo uma boa dose de diversão e o maior requisito por poder de computador que existiu em seu tempo.

O Ataque dos Clones não teve melhor sorte com seus jogos derivados. O que dá pra citar de realmente relevante na época são Star Wars Gallactic Battlegrounds (uma espetacular maquiagem em cima de Age of Empires), Knights of The Old Republic (um RPG passado quatro mil anos antes do Episódio I) e Star Wars Galaxies (iniciativa multiplayer de enorme sucesso) - todos jogos que não se intercalam com os filmes.

Agora com A Vingança dos Sith uma nova leva de jogos de Star Wars vem tomando conta das preteleiras do mundo afora, tais como:

Star Wars Battlefront: jogo de tiro baseado em Battlefield 1942 e que transmite com fidelidade a emoção das seqüências veiculares dos filmes;

Knights of the Old Republic II - The Sith Lords: outro RPG para um jogador que é sucesso absoluto, nem que seja por ser um dos únicos do gênero para o Xbox;

Star Wars Republic Commando: prato cheio para o fã que também curte umas boas partidas de Counter Strike;

LEGO Star Wars: o estado da arte em diversão, ganhou uma continuação em 2006;

Empire at War: outro jogo de estratégia que tenta se antecipar ao terceiro volume de Age of Empires;

Episode III - the Video Game: jogo de ação um tanto mais fiel ao filme que seus antecessores.