A franquia do esporte mais popular dos Estados Unidos completa 25 anos e comemora em grande estilo. Madden 25 chega turbinado pela nova engine da Eletronics Arts, a Ignite. Com essa novidade, a empresa explora o máximo da atual geração de consoles  e ainda deixa uma ponta de curiosidade para o que virá no Xbox One e Playstation 4.

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Todas as peculiaridades da NFL estão bem representadas. Com gráficos bem trabalhados, os estádios da liga foram criados com cada detalhe - desde o telão de 2.100 polegadas do estádio dos Cowboys, até o navio pirata na casa dos Buccaneers em Tampa Bay. Infelizmente, nada de Wembley, casa de alguns jogos da temporada na tentativa de expandir a Liga para a Inglaterra.

Os jogadores estão bem caracterizados, mesmo com os rostos cobertos pelo capacete. Os treinadores também estão lá, exceto Bill Belichick, do New England Patriots, que não aparece por não pertencer à associação de técnicos da Liga.

Apesar dos torcedores nas arquibancadas não serem detalhados como poderiam, todo o ambiente do jogo é retratado. Como os diversos itens na cor rosa nos jogos disputados em outubro, na campanha encampada pela NFL contra o câncer de mama; ou então a sensação de disputar o Super Bowl com o MetLife Stadim todo pronto para receber a grande final da temporada - sem o show do Bruno Mars.

Aos trancos e barrancos

A escolha da EA em colocar a Ignite já na atual geração faz toda diferença. Os choques entre corpos, num jogo que é praticamente composto por trombadas, funcionam muito bem. A promessa de não vermos um tackle se repetir no mesmo jogo é cumprida.

No entanto, as limitações da atual geração podem ser vistas. Jogadores atravessam pelo meio de um adversário caído no gramado algumas vezes - um bug recorrente em jogos desse estlo. Restam alguns detalhes que podem apresentar diferenças na próxima geração ou nas próximas edições da franquia. O caso do running back “ensaboado”, por exemplo: em algumas situações, quando um corredor simplesmente escorrega entre os braços de uns três ou quatro defensores antes de ser tackleado ou simplesmente entrar na end zone. Apesar de problemas isolados como este, a física de contato é eficiente.

O jogo flui

O sistema de jogo “Gameflow” está mais uma vez presente. Com ele ativado, não há tela de jogadas antes de um novo down. O jogo simplesmente dá um palpite da melhor formação e segue - boa opção para novatos na série. Para os veteranos ou mesmo interessados em aprender mais sobre o esporte, é bom escolher a próxima jogada,  mesmo que utilizando o famoso “Ask Madden”, quando o jogo te sugere três opções distintas. Além de ajudar a conhecer as jogadas, é o primeiro passo para algo mais profundo, como tentar surpreender o adversário com, por exemplo, um jogo corrido numa terceira descida para muitas jardas.

Os modos de jogo disponíveis permitem disputar uma temporada completa como jogador, treinador ou dono de time, parecido com o que estamos acostumados a ver no Fifa. O modo “Ultimate Team”, aquela espécie de game card, também marca presença.

Interessante notar também a presença dos desafios à arbitragem. É comum vencer um questionamento sobre uma recepção, se foi válida ou não, ou até a posição de campo anotada pela arbitragem no fim de uma jogada. Esse sistema é uma espécie de “tira-teima”, que permite questionar os juízes. Ou seja, os árbitros erram em Madden!

Fala muito e não diz nada

A transmissão dos jogos cabe a Jim Nantz e Phil Simms, além da repórter Danielle Bellini, mas nada de muito interessante sai daí. Na primeira partida é divertido, com direito a merchandising de chocolate e tudo mais. Mas rapidamente tudo fica repetitivo. Desde a apresentação do quarterback que entra em campo pela primeira vez no dia, até o relato de uma contusão, geralmente anunciado como um choque que não deve ser nada muito grave e no fim pode representar o fim da temporada de um jogador.

Com as transmissões da NFL cada vez mais populares no país, fica a esperança da EA olhar com mais carinho para os fãs da franquia. O Brasil tem uma base de admiradores de futebol americano sólida, algo deveria impulsionar uma localização completa do game.

Prévia do futuro

Madden 25 pode não ser uma revolução na franquia, mas passa longe de ser apenas uma atualização de elencos da nova temporada. A nova engine garante um novo desafio e reaprendizado mesmo para os jogadores mais acostumados com a bola oval.

Fica então a expectativa para o que virá no PlayStation 4 e Xbox One, com gráficos que chamam atenção já nas primeiras imagens e com a Ignite melhor explorada graças a capacidade de processamento da nova geração.

Curiosidade:

Sabe por que o jogo se chama Madden NFL?

John Madden foi campeão do Super Bowl como treinador do Oakland Raiders, clube em que trabalhou entre 67 e 78, e também é ex-comentarista de TV. Ele empresta seu nome ao jogo desde 88. No começou era “John Madden Football”, em 1994 veio a parceria com a NFL, o licenciamento dos times e virou “Madden NFL”.

Nota do crítico