"Eu não sou um gamer. Eu sou um Blizzard gamer". Esse frase, dita por um fã durante um painel na BlizzCon e que a princípio soa presunçosa e redutiva, consegue explicar bem o sentimento que se tem ao chegar ao evento. Na edição de 2015 da convenção realizada em Anaheim, onde poucas novidades de peso foram anunciadas, o fanatismo pela empresa continua intocado, fazendo os fãs gastarem tubos de dinheiro para estar presente na grande celebração da companhia.

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O brasileiro Tito Peixoto, residente de São Paulo, está em sua segunda edição e diz que pretende voltar outras vezes, mesmo com o dólar super-valorizado no Brasil. "Eu não senti tanto por que me planejei mais, comprei passagens antes e com milhas e reservei hotel com meses de antecedência. Mas certamente essa é a primeira vez que juntei muito dinheiro para vir e tenho pouquíssimo dinheiro para gastar", conta.

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Tito diz que com um cálculo básico e algum planejamento dá para ir ao evento sem gastar muito. "Eu conto com 100 dólares por dia para sobreviver: dormir, vir à BlizzCon e comer, isso dividindo um quarto com alguém. Fora as passagens. Acredito que com uns cinco mil reais é possível vir e aproveitar", diz Peixoto, que lembra uma coisa importante em seguida.

"Isso sem nenhuma compra, claro. Não estou contanto as compras na loja da Blizzard, onde ano passado eu comprei todos os Funkos (bonecos) possíveis - esse ano só comprei um, o único novo que lançou. Ali se gasta muito dinheiro e não dá para se segurar - então isso fica fora da conta", explica. Os produtos normalmente começam a R$ 100, como chaveiros e camisetas, e podem chegar a mais de R$ 3 mil, com estátuas e outros colecionáveis exclusivos. Na galeria abaixo, confira alguns modelos exibidos no local:

A diferença para outros eventos de games

A sensação de andar pelos halls do Centro de Convenções de Anaheim é bem diferente do que se vê em outros eventos de games. Aqui, a intenção dos visitantes se limita a celebrar seus jogos preferidos. E pela maioria deles conversarem entre si (com exceção de Overwatch), os fãs de cada título conseguem conviver sem o ódio tão característico da comunidade na internet.

Para Tito, a BlizzCon é um lugar feito puramente para se divertir, por mais que o discurso soe pieguas. "Para quem gosta dos jogos da Blizzard isso aqui é uma meca. Eu gosto de eSports, pois acompanhei muito tempo a cena de Dota 2 e hoje jogo muito Heroes of The Storm; aqui eu pude acompanhar os desenvolvedores falando sobre as novidades e também ver campeonatos - que eu assistirei mais no segundo dia", completou. "A organização e as pessoas é o que fazem você querer voltar. Ano que vem quero estarei aqui de novo", diz o brasileiro.