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Linkin Park | Especial - Parte IV

Após experimentações musicais, o grupo tenta voltar às raízes com o álbum Living Things

25.09.2012, às 00H00.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H41

Após uma estreia meteórica, o Linkin Park se aventurou em novos estilos musicais. Em Minutes To Midnight e A Thousand Suns, o grupo tentou reiventar seu som e adaptar outras batidas ao seu já consagrado new metal. O resultado não foi bem recebido por fãs e crítica especializada.

Linkin Park

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Rick Rubin

Ainda que a resposta não tenha sido a esperada, as parcerias de sucesso continuaram e as turnês mundiais lotavam. Depois das experimentações, era a chegada a hora de voltar às raízes e investir no som que os havia consagrado em 2000, com Hybrid Theory.

A volta ao passado

A fria recepção que os últimos trabalhos do grupo tiveram, não impediram que a parceria com o Rick Rubin acabasse. Considerado um dos maiores do ramo, o produtor foi um dos elementos mais importantes do momento de elaboração do próximo projeto da banda. Até mesmo a escolha pelo estúdio NRG, em Hollywood, se deu pela familiaridade - lá o grupo gravou três de seus quatro discos.

A busca por essa recuperação de conceitos era escancarada pelos componentes. Nem mesmo os líderes, Mike Shinoda e Chester Bennington, escondiam o leve arrependimento dos projetos anteriores e a intenção de fazer algo parecido com o álbum de estreia. "Tentamos fazer um novo som, levar ao mundo uma nova voz mas acabamos alienando nossos fãs mais fanáticos", disse, Shinoda, em entrevista à Rolling Stone. A união dos conceitos mercadológicos e da pegada sonora pretendida para o novo álbum, passava exclusivamente pela parceria entre Shinoda e Rubin.

Por um lado, o músico liderava a banda para conseguir compôr um som que ao mesmo tempo atendesse às demandas do produtor, que tinha a experiência necessária para adequar o talento do LP à necessidade comercial. Até ali, segundo Chester Benington, as letras escolhidas para o compôr o novo disco pareciam mais pessoais do que nunca e não tinha a mão de Rubin, que somente guiava a banda no momento da composições. Com todas essas misturas e expectativas surgiu o álbum Living Things.

O quinto disco

O disco foi antecedido pelo single "Burn It Down", faixa que mostrava um apelo mais eletrônico do que o esperado, deixando de lado o metal tão forte de Hybrid Theory. O clipe da música chegou rapidamente à internet e tinha o mesmo estilo de todos os trabalhos da banda, abusando da mistura entre efeitos especiais e a performance dos integrantes. Seguindo a série de lançamentos de singles antes da chegada do álbum em si, vieram "Lies Greed Misery" - música que mostrou uma melhor combinação entre o rap de Shinodae os fortes vocais de Bennington - e "Powerless" - balada eletrônica que entrou para a trilha sonora de Abraham Lincoln - O Caçador de Vampiros.

Lançado em junho de 2012, Living Things foi recebido pelos críticos de forma tão ressabiada quanto seus dois antecessores. Toda a pretensão de entregar um disco que lembrasse o ritmo de Hybrid Theory foi água abaixo com a revelação das demais faixas do álbum. O Linkin Park ainda se parecia mais com um grupo de pop rock do que com os metaleiros do início dos anos 2000. A influência dos ritmos eletrônicos, tão em evidência no cenário musical desta década- a maioria deles compostos pelo dubstep de Skrillex, também era uma das características do novo trabalho.

As vendas continuaram bem, tal qual manda o figurino de uma grande banda de rock. Os números não chegam perto dos atingidos no início da primeira década do milênio, mas são satisfatórios para um mundo completamente absorvido pelos serviços digitais. Somente na semana de estreia nos EUA, cerca de 250 mil cópias foram vendidas. Em outros 17 países Living Things chegou ao topo do ranking, se tornando o primeiro álbum da bandaa conseguir tal feito.

Quase cinco meses após o lançamento,o Linkin Park manteve o status de uma das grandes bandas de rock da última década, mas ainda luta para conseguir recuperar os fãs mais ardorosos. A presença em grandes festivais, como o Rock in Rio Lisboa e a Honda Civic Tour - em que viajou junto com o Incubus e lotou quase todas as apresentações - mantiveram a força do grupo no cenário pop musical.

Em outubro, quando chegar ao Brasil, a banda trará não só os recentes sucessos de seu novo disco, mas também uma mistura de tudo que já realizou nestes 12 anos de carreira, desde o seu melhor new metal, de Hybrid Theory e Meteora, passando pelas experimentações de Minutes To Midnight e A Thousand Sun, até chegar a Living Things.

Nos players abaixo, confira videoclipes do último disco e o show do Linkin Park no Rock in Rio Lisboa 2012:

Rock in Rio Lisboa 2012

"Burn It Down"

"Lost In Echo"

"Lies Greed Misery"

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