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Dream Theater em São Paulo | Crítica

Banda de metal progressivo esbanja técnica em show de 3h no Espaço das Américas

05.10.2014, às 15H58.
Atualizada em 14.10.2014, ÀS 15H25

Se você conhece minimamente o Dream Theater, sabe que as músicas são longas são especialidade do grupo de metal progressivo americano. No show desta quinta (4), o segundo do trecho brasileiro da turnê An Evening with Along for the Ride, os músicos ficaram cerca de  três horas no Espaço das Américas, com direito a várias pausas e intervalo de 15 minutos no meio da apresentação. O público, no entanto, estava mais do que preparado e não esmoreceu diante dessa maratona musical.

Foram várias as canções que ultrapassaram a barreira dos 10 minutos, sem contar os canções esticadas, para que cada músico teve seu momento de brilhar, como o guitarrista John Petrucci em seus diversos solos; o tecladista Jordan Rudess indo à frente do palco em um solo de keytar (um teclado em formato de guitarra); ou o baterista Mike Mangini cheio de caras e bocas no seu solo de bateria em “Enigma Machine”.

Dream Theater

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Com início pontual, às 21h, a setlist foi exatamente a mesma das apresentações passadas da turnê (e que pode ser conferida no álbum ao vivo Breaking the Fourth Wall, gravado em Boston), planejada até nos momentos de interação com o público, como quando o vocalista James LaBrie pediu a ajuda do público para cantar o comecinho de “On the Backs of Angels”. O script foi executado com maestria pelo Dream Theater, que, mais uma vez, exibiu técnica impecável ao executar tantas músicas complexas.

A banda, como sempre, fez bom uso de recursos audiovisuais, tanto em vídeos introdutórios para diversas músicas (que também serviam de descanso para os músicos) quanto no intervalo, no qual o telão mostrou uma montagem de vídeos do YouTube em que fãs tocavam várias músicas da banda, em diversos estilos - isso sem contar a tiração de sarro com o processo de escolha do substituto do baterista original Mike Portnoy, que deixou o Dream Theater em 2011.

No retorno do intervalo, no qual a banda toca a metade final de Awake, LaBrie fez uma constatação interessante: o disco completou 20 anos exatamente na noite do show. “Acho que alguns de vocês nem eram nascidos na época que lançamos esse álbum”, notou o vocalista. Bom para os vários fãs de longa data da banda presentes no local, que puderam ouvir, na sequência, “The Mirror”, “Lie”, “Lifting Shadows Off a Dream”, “Scarred” e “Space-Dye Vest”. No final, até LaBrie exibia sinais de cansaço, cantando “Finally Free” sentado na bancada onde foi montada a bateria.

Setlist

“False Awakening Suite”
“The Enemy Inside”
“The Shattered Fortress”
“On the Backs of Angels”
“The Looking Glass”
“Trial of Tears”
“Enigma Machine”
“Along for the Ride”
“Breaking All Illusions”

Intervalo

“The Mirror”
“Lie”
“Lifting Shadows Off a Dream”
“Scarred”
“Space-Dye Vest”
“Illumination Theory”

Bis
“Overture 1928”
“Strange Déjà Vu”
“The Dance of Eternity”
“Finally Free”

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Nota do Crítico
Bom

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