Beyoncé encerrou a primeira noite do Rock in Rio dançando funk e cantando praticamente todos os sucessos da carreira. As trocas de roupa da artista por pouco não ofuscaram a sua belíssima e poderosa voz. O esperado dueto com o marido, o também cantor Jay-Z, não aconteceu.
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A cantora subiu no palco às 00h20. A diva entrou imponente, usando um collant prateado e posando com o olhar 'matador' enquanto várias labaredas eram acesas atrás dela e das duas bailarinas que a acompanhavam. O público urrava e fazia coreografias assim que reconheciam a música tocada.
A artista escolheu "Run The World" para começar. A força e expressividade que Beyoncé coloca na dança impressiona. As bailarinas estão também muito afinadas e a impressão que dá é de estar assistindo a um clipe, tamanha a perfeição nos passos. Na sequência, veio "End of Time", onde cachoeiras de fogo surgiam no palco. O cenário todo feito em LED era impecável.
A loira, assim que pode, gritou o primeiro de muitos "I love you, Rio". Pela segunda vez no Brasil, Beyoncé ousou ao colocar canções de outros compositores no meio do repertório. O primeiro medley tinha "Bittersweet Symphony", do The Verve, no meio de "If I were I Boy". O público aprovou.
No palco, a luz era muito usada para ressaltar as silhuetas da artista, que abusa da sensualidade nos modelitos. No intervalo da primeira parte do show, que pode facilmente ser dividido pelas trocas de roupa que quebraram a fluência da apresentação, Beyoncé voltou ao palco com collant preto, botas e boina. Daí para frente foram mais cinco trocas.
Assim que voltou aos holofotes, ainda ofegante do esforço de dançar e cantar, ressaltou em inglês: "Estou muito feliz de estar aqui. Quantos de vocês vieram celebrar hoje à noite? É como um sonho na minha frente".
O setlist teve sequência com "Get me bodied" e "Baby Boy", surpresa para muitos fãs, já que são músicas mais antigas. O uso das imagens no telão durante o show foi interessante: as figuras em background se confundiam com as silhuetas das bailarinas e formavam uma ilusão de ótica. A iluminação era intensa, feita por canhões de luz e fogo durante quase todo o tempo.
O ponto negativo da apresentação foi, com certeza, o excesso de trocas de roupas. A cada troca, um clipe passava no telão e 'cortava' totalmente o clima do momento. Após a terceira, já se notava as pessoas conversando, virando de costas e até pegando o celular para conversar. Um desperdício.
Os vídeos eram bem feitos, um dos melhores falava de mistério e sedução e, para essa tarefa, Beyoncé dizia se envolver totalmente. Então começava "Naughty Girl", em uma versão bem mais sexual que a que a inspirou; cheia de gemidos. No palco, aos poucos era revelada uma Beyoncé saída de trás de um biombo,com as pernas pro alto e chamando a plateia com um dedo em riste.
E falando em seduzir a diva se deitou no chão, subiu em cima de um piano para cantar "Love, don't let me go", trajando um macacão azul brilhante todo grudado ao corpo. Na metade do show, em "Why Don't You Love Me", ela convida os dois bailarinos para dançar e quando os dois ficam sozinhos rola um discreto "Harlem Shake", mas tudo para ocupar o tempo de mais uma troca de roupa... O número de dança, apesar de bom, não se compara ao aguardado "Crazy in Love", uma das últimas do show. Beyoncé requebra com um poder hipnotizante nesta ocasião.
Após a canção, ela sai do palco e avisa que ainda não está acabado. Por diversas vezes, as pessoas comentavam animadas que ela cantaria Michael Jackson, isso porque alguns samples das músicas do cantor pareciam estar misturadas nas músicas da artista. "Human Nature" foi uma delas. No entanto, a surpresa ficou por conta de "I Will Always Love You", o cover de Whitney Houston que antecedeu "Halo". Mas essa não foi a última música da noite...
Beyoncé disse que queria fazer uma mais uma surpresa para o público e trouxe o funk "Lek, lek, lek". Sim, Beyoncé "girando, girando, girando pro lado" no ritmo do funk foi o que fechou a noite. Para alegria dos fãs, ela ainda passou cumprimentando todos em meio a um corredor improvisado. Depois disso, a diva sai do Brasil com ainda mais adoradores.
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