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Grammy remodela categorias e lima excessos

Recording Academy elimina 31 categorias e promete se modernizar

07.04.2011, às 00H00.
Atualizada em 21.12.2016, ÀS 20H02

O Grammy Awards anunciou que a próxima premiação, em 2012, terá 31 categorias a menos que a edição deste ano, passando de 109 para 78. A decisão marca a mais ampla reorganização nos 53 anos de história do Grammy.

Uma das principais mudanças promovidas pela Recording Academy será o fim de categorias que separam vocais femininos e masculinos. Os gêneros pop, R&B, rock e country terão agora apenas uma categoria para "performance solo". O Grammy ainda removeu quatro das oito categorias de R&B. Rock, country e pop ficam com quatro categorias cada, ao invés de sete. Jazz cai de seis para quatro categorias, enquanto a música clássica cai de 11 para sete. Várias categorias instrumentais também foram eliminadas.

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A Academia do Grammy mudou ainda os pré-requisitos para concorrer ao prêmio. A partir de agora, cada categoria precisa ter no mínimo 40 inscrições para entrar na premiação ao vivo. Caso a categoria receba entre 25 e 39 inscrições, apenas três serão indicados. Com menos de 25 inscritos, a categoria fica fora do evento e, se este número se mantiver por três anos consecutivos, a categoria será descontinuada.

As regras também foram mudadas para os votantes, que antes escolhiam apenas nove gêneros musicais para votar. Agora, terão de votar em 20 categorias de gênero, assim como nas quatro principais - Álbum do ano, Canção do Ano, Gravação do Ano e Artista Revelação.

"Todos os anos fazíamos mudanças mas nunca... paramos, demos um passo para trás e olhamos para o todo. Nos perguntamos se havia uma infraestrutura intrínseca e racional por todos os prêmios e na maneira como estávamos fazendo as coisas. E o que descobrimos é que não havia. [...] Nós deixamos mais contemporâneo, organizamos e criamos uma visão que nos guiará para o futuro. [...] Muitos não ficarão felizes com o fato de que as coisas mudaram. Mas a verdade é que todos que lançarem uma música dentro dos padrões de qualidade será elegível para um Grammy. [...] No fim das contas, cremos que a excelência prevalecerá", declarou Neil Portnow, presidente da Recording Academy, em entrevista à Billboard.

Um dos motivos que levou à reestruturação da premiação foi o fato de que o Grammy tem sido intensamente criticado por profissionais da indústria nos últimos anos, muito mais que o Oscar, Emmy ou Tony. Um exemplo foi Steve Stoute, veterano executivo do ramo que comprou um anúncio de página inteira no New York Times, para publicar uma carta aberta com críticas ao Grammy, logo após o Grammy 2011. Segundo Stoute, a premiação era hipócrita e contraditória ao não premiar artistas de grande reconhecimento do público, como Eminem, Justin Bieber, Kanye West, entre outros.

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