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Muse no Rock in Rio 2013

Banda faz show pouco interativo e cheio de altos e baixos

Omelete
3 min de leitura
15.09.2013, às 12H13.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H45

Matthew Bellamy, Christopher Wolstenholme e Dominic Howard entraram no Rock in Rio às 00h20. As viradas de bateria na introdução de "Supremacy" levantaram, literalmente, a plateia que já estava deitada no chão da Cidade do Rock, aguardando o show começar. A chegada da banda trouxe consigo novo ânimo ao público. Na sequência, o Muse escolheu "Supermassive Black Hole", um de seus maiores sucessos, que também funcionou muito bem e manteve a sequência de acertos com "Hysteria" e "Panic Station".

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Marco Antônio Teixeira/UOL

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Marco Antônio Teixeira/UOL

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Marco Antônio Teixeira/UOL

O povo aclamava "Ole, ole, ole, ole, Miusê, Miusê", assim que fizeram o primeiro intervalo. Na volta, com "Stockolm Syndrom", a guitarra marcante e a bateria com efeitos visuais tiveram seu momento de brilhar. A homenagem do show ficou com "Feeling Good", versão para a música de Nina Simone, cantada ao piano branco, e com a qual Matthew contou com um megafone para o auxiliar, ficou muito boa ao vivo. A plateia aplaudiu bastante.

A partir daí, vieram mais músicas lentas. O baixista Chris Wolstenholme assumiu os vocais em "Liquid State". E quando Bellamy voltou ao microfone em "Madness", trouxe um óculos que exibia em suas lentes a letra da música formada em uma espécie de fumaça azul. Muito interessante mas, a partir deste momento, o vocalista interagia bem mais com a câmera que com o público à sua frente. Os riffs de guitarra em "Madness" salvaram a experiência da dispersão total. Com "Time Running Out", sim, a atenção foi recuperada. As vozes da plateia eram tão altas que mal se ouvia a voz do vocalista.

"Unnatural Selection" evidenciou sinais de cansaço ainda mais fortes do público, que começou a se dispersar antes do fim da apresentação. O Muse foi a banda da noite que mais abusou dos efeitos no cenário, algo que pareceu divertido no começo, mas acabou jogando contra no fim. A impressão que dava era de que, com tanta informação visual, não era preciso falar mais nada. Uma estratégia cansativa e alguns tiros foram dados antes de "Starlight" chegar e salvar a banda do fim negativo.

Bellamy foi esperto e soube aproveitar o momento para agradar ainda mais os fãs. Desceu do palco bem nesta hora e andou em meio ao público. Fez graça ao pegar uma bandeira do Brasil e caminhar com ela cobrindo o rosto. "Survival" encerrou o o setlist. O bis ficou por conta de "Knights of Cydonia", com o baixista Chris tocando gaita na introdução. Já era notada uma certa impaciência na plateia que permanecia no local.

Os fogos de artifício que indicam o fim da apresentação foram soltos antes da banda terminar de tocar. Todas as luzes se acenderam, e o jingle do Rock in Rio 'atravessou' o som da banda, sendo rapidamente interrompido pela produção. O clima que ficou no ar para quem assistia foi de entrega do Oscar, quando o ganhador já está ultrapassando o tempo do discurso e a música de encerramento precisa o parar. Às vezes menos é mais.

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