No último domingo (15), os norte-americanos do The Offspring fizeram em São Paulo o segundo e último show da turnê pelo Brasil. Após uma apresentação no Rock in Rio prejudicada pela péssima qualidade de som do Palco Sunset, Dexter e companhia tiveram o Credicard Hall só para eles, no que acabou se tornando uma verdadeira celebração ao punk rock californiano.
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Prestes a completar 30 anos de carreira, o Offspring ainda é capaz de reunir um público variado, não só pela idade, mas pela personalidade. Na entrada da casa era possível observar tanto jovens vestidos com roupas de grife, quanto adolescentes com camisetas rasgadas e braços tatuados. A grande maioria do público estava na casa dos 25/30 anos - geração que viveu o auge da banda nos anos 90.
O show iniciou por volta das 21h10 com o Credicard Hall lotado. A banda subiu aos poucos no palco, com Dexter Holland entrando por último. Vestido com um paletó branco, o vocalista iniciou as primeiras palavras de "All I Want", clássico do disco Ixnay On The Hombre, levando todos ao delírio. Na sequência veio "Bad Habit", que imediatamente produziu a primeira grande "roda" na pista.
Antes de iniciar "Come Out And Play", Dexter tirou o paletó e pegou a guitarra pela primeira vez. O jogo estava ganho para o Offspring e com a plateia empolgada, a banda aproveitou para tocar algumas músicas de trabalhos mais recentes como "Kristy, Are You Doing Okay?" e "Days Go By". A descontração dos membros era tanta que o guitarrista Noodles chegou a oferecer sua cerveja aos fãs.
Após um desfile de hits com "Staring At The Sun", "Why Don’t You Get A Job?", "Pretty Fly (For A White Guy)" e "The Kids Aren’t Alright", o Offspring saiu do palco, gerando no público a expectativa pelo bis. Minutos depois, a banda voltou para encerrar a apresentação de pouco mais de uma hora com "(Can’t Get My) Head Around You" e "Self Esteem".
Com três de seus integrantes na casa dos 50 anos de idade é de se compreender que o Offspring não consiga estender o show por muito mais tempo. O importante é ressaltar que no palco eles se doam ao máximo e tentam fazer cada minuto valer a pena. Pela êxtase dos fãs ao final da apresentação, os californianos comprovaram que menos às vezes pode significar mais.
