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Guerra Civil e outras versões romanceadas de clássicos da Marvel

Conheça a coleção brasileira que detalha grandes arcos e publica histórias inéditas da Casa das Ideias

04.04.2016, às 16H33.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H42

Com 27.229 exemplares comercializados, Guerra Civil foi um dos 15 livros de ficção mais vendidos no Brasil em 2015. O romance, escrito por Stuart Moore com base nos quadrinhos de Mark Millar e Steve McNiven, se passa em uma linha do tempo alternativa, em que Peter Parker e Mary Jane nunca se casaram (estabelecida em One More Day, de J. Michael Straczynski e Joe Quesada,). O livro também atualiza os eventos da HQ, situando a história durante o governo de Barack Obama, não de George W. Bush.

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Essa Guerra Civil levemente diferente é o carro-chefe da coleção oficial da Marvel na editora Novo Século, que conta com versões romanceadas de arcos conhecidos e histórias inéditas estreladas pelos heróis da Casa das Ideias. “São mídias diferentes, assim como na adaptação de um livro para o cinema. A base então é a mesma, mas a sensação é diferente. Sem o apoio da imagem, como nos quadrinhos, o leitor precisa usar a própria imaginação para construir a ação”, explica a editora Lindsay Gois sobre o formato que transforma ilustrações em parágrafos descritivos e balões de fala em diálogos.

O selo já publicou 10 romances no Brasil (veja a lista completa na galeria), sendo o último A Morte do Capitão América, uma adaptação escrita por Larry Hama baseada na HQ de Ed Brubaker e Steve Epting sobre as consequências da Guerra Civil. O lançamento próximo a estreia no novo filme da Marvel faz parte da estratégia da editora, que aproveita a divulgação do estúdio e o consequente aumento do interesse do público. Deadpool: Dog Park, por exemplo, chegou às livrarias em janeiro, em preparação para o lançamento do longa do mercenário tagarela no mês seguinte. O livro de Stefan Petrucha conta com uma trama original, em que Wade Wilson precisa salvar a humanidade de terríveis filhotinhos de cachorro.

O público desses livros pode ser divido em três grupos, segundo Gois: o fã de quadrinhos que quer complementar o seu conhecimento das histórias (já que essas versões trazem mais detalhes sobre eventos conhecidos das HQs); os fãs que conhecem a Marvel apenas pelos filmes; e o leitor de romances leves. O foco geral é o nicho geek, facilmente impactado pelas capas assinadas pelo ilustrador mineiro Will Conrad (artista oficial da Marvel e da DC). Nas livrarias, os romances são expostos no mesmo setor dos quadrinhos, o que chega a causar confusão entre consumidores desavisados. Há casos, por exemplo, de quem comprou Guerra Civil, o romance, esperando ver os heróis desenhados por Steve McNiven nas páginas.

Como Gois explica, é uma forma diferente de consumir o mesmo universo, dando espaço para imaginação do leitor no lugar do deslumbre com páginas super detalhadas. Um formato que é explorado há anos, com o primeiro romance da DC sendo lançado em 1942 (The Adventures of Superman, de George Lowther) e o primeiro da Marvel chegando em 1967 (The Avengers Battle the Earth-Wrecker, de Otto Binder). Na coleção atual da Novo Século, mais quatro títulos devem ser lançados em breve: Wolverine: Arma X, X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido, Novos Vingadores: Fuga Extrema e Homem-Aranha e a Última Caçada de Kraven. A DC também conta com diversos romances, tendo anunciado recentemente um acordo com a americana Random House para produzir livros infantojuvenis estrelados por Batman, Mulher-Gato, Superman e Mulher-Maravilha - leia mais. Ainda não há planos, porém, de publicação no Brasil.

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"- Agora você está mexendo com gente grande - disse Nitro.

A energia jorrou dele, consumindo primeiro Namorita. Ela arqueou um grito de dor, soltou um grito silencioso e então se dissolveu em cinzas. A onda de choque continuou se espalhando, envolvendo a câmera, o cinegrafista, o ônibus escolar. Radical, depois Micróbio. A casa e os três vilões espalhados no quintal dos fundos.

E as crianças." - Comparação dos quadrinhos de Guerra Civil com um trecho do romance de Stuart Moore (página 17).

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