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Crítica

Baby’s in Black | Crítica

O início dos Beatles sob o ponto de vista da namorada do quinto integrante da banda

24.08.2011, às 00H00.
Atualizada em 24.11.2016, ÀS 12H05

A vida do quinto Beatle, Stuart Sutcliffe, é um dos contos mais românticos e trágicos da história do rock. Além de já ter virado alguns livros, documentários e filmes – como Backbeat, de 1994, em que Stu foi interpretado por Stephen Dorff -, só a menção de que o Fab Four poderia ter sido Fab Five praticamente já diz tudo sobre oportunidades perdidas. Mas a história é mais complicada.

Baby’s in Black

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O alemão Arne Bellstorf transformou o relacionamento de Stu com a namorada Astrid Kirchherr em quadrinhos. Se você estranha um quadrinista alemão falando da banda britânica, é bom lembrar que os Beatles começaram a deslanchar na carreira musical em Hamburgo. É na cidade onde se passa a história, que é contada da perspectiva de Astrid – a artista que fez algumas das primeiras fotografias de divulgação da banda.

Para os fãs dos rapazes de Liverpool, o mais interessante do álbum é como ele retrata os princípios da Beatlemania na cidade alemã. Klaus, namorado de Astrid, vaga pela ruas e entra num barzinho obscuro. No dia seguinte, já está espalhando para todos os amigos que viu algo de revolucionário no palco.

A banda era extremamente jovem. Stu e John Lennon eram os mais velhos, com 20 anos. George Harrison e Paul McCartney, no limiar da maioridade, ainda tinham cara de criança – fato que vai complicar os shows deles mais à frente na HQ.

Mas a história é mesmo de Stu, que aos poucos vai deixando a banda de lado para entregar-se ao romance com Astrid e ao que ele sente ser sua verdadeira pretensão: a pintura expressionista abstrata. É bom dizer que esse não é o único motivo pelo qual ele não virou um quinto Beatle.

Apesar do ótimo gancho - contar um pedaço da história dos Beatles em quadrinhos -, Baby’s in Black é acima de tudo uma curiosidade.  Há cenas interessantes e bem construídas, como as sequências de sonho e uma passagem silenciosa, no final. Mas a trama é praticamente estática. Colabora com a sensação de tédio o fato de todos os personagens vestirem-se igual e, em alguns casos, terem traços muito sutis para diferenciar cada cabecinha. É de se estranhar que uma histórias sobre os Beatles seja tão parada.

Para quem é fã incondicional dos rapazes de Liverpool, porém, vale o belo trabalho de caracterização das personalidades do grupo e ver as agruras de início de carreira.

A HQ pode ser encontrada em livrarias online britânicas por £ 14.99 (aproximadamente R$ 40, sem o frete), pela SelfMadeHero

Nota do Crítico
Bom

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