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Crítica

Adventures of Supergirl #1 | Crítica

HQ para-todas-as-idades da DC se mostra bastante vinculada à série de TV da CBS

26.01.2016, às 18H25.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H46

A DC Comics começou a publicar nesta semana uma HQ digital da Supergirl, vinculada à série de TV atualmente no ar pela CBS. Embora seja descrito como o tradicional produto para-todas-as-idades (o que poderia até ser um alento para os leitores habituais da DC que estão desde maio de 2015 sem uma série da heroína) Adventures of Supergirl visivelmente adere à narrativa didática, inofensiva e afirmativa da teledramaturgia para pré-adolescentes.

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Como a HQ é concebida como um projeto digital (e futuramente sairá num único volume impresso), o formato da página não é o tradicional, e sim um retângulo menor, horizontal, para ter sua leitura facilitada num tablet deitado. Não cabe muita coisa na página, no máximo cinco quadros, e por conta desse didatismo a profusão de caixas de texto acaba se destacando, sempre com Kara Danvers se esforçando para aproximar sua experiência de vida com a de uma adolescente comum.

Se o vínculo com a série de TV já fica assinalado nesse espírito mais juvenil, a primeira edição (que repassa rápido a origem da heroína) ainda relembra o incidente com o avião do episódio-piloto e estabelece as mesmas relações da série de TV, com Kara operando para uma agência do governo ao lado de sua irmã terráquea.

O forte da primeira edição são os desenhos de Bengal, que cuidará dos três primeiros capítulos; ao todo serão 13, com Jonboy Meyers, Emanuela Lupacchino e Emma Vieceli assumindo as demais edições. Como Bengal tem um traço bastante inspirados nos mangás, suas cenas de pancadaria entre Supergirl e a vilã Fúria (velha inimiga do Superman que cabe muito bem como primeira antagonista aqui, por conta dos seus motivos descerebrados para sair quebrando tudo) conseguem ter um bom senso de movimento mesmo na página limitada. E ainda que seja uma HQ teen - e obviamente ninguém espera banhos de sangue de Adventures of Supergirl - esse tipo de traço consegue passar um impacto e uma fisicalidade nas cenas de briga que a TV dificilmente transmite.

No saldo, o resultado dessa primeira edição é bom, considerando-se que ela gasta um bom tempo com flashbacks de origem que todos já conhecem. Adventures of Supergirl pode atrair quem já é fã da série de TV da CBS, mas mesmo como porta de entrada para novos leitores pré-adolescentes a DC Comics tem hoje outros títulos mais interessantes, como Batgirl, ou ainda mais puxados para o mangá, como Gotham Academy.

Nota do Crítico
Bom

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