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Crítica

Star Wars #1 | Crítica

Primeira HQ da saga na Marvel em 20 anos começa com sensação de dejá vù

27.01.2015, às 10H44.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H46

Começa sem preliminares a nova HQ de Star Wars pela Marvel Comics, a primeira série original da saga na editora (que recuperou os direitos de publicação agora que Marvel e Star Wars são propriedade da Disney) depois de 20 anos.

A HQ escrita por Jason Aaron (Thor: God of Thunder) e desenhada por John Cassaday (Uncanny Avengers) se passa logo após o Episódio IV, e o Império tenta reorganizar sua logística depois da destruição da Estrela da Morte. Enquanto isso, os rebeldes intensificam ataques aos postos do Império para aproveitar o momento de fragilidade do inimigo.

É nesse contexto que retomamos, em Star Wars #1, a história de Luke, Han e Leia (e Darth Vader). A nova série começa sem cerimônias porque sua intenção - pelo menos nesta primeira edição - não parece ser a mesma de outras tantas obras derivadas dos filmes, a de construir mundos e expandir a mitologia. O que temos aqui são os personagens (desenhados por Cassaday com as fisionomias de Harrison Ford, Carrie Fisher...), os cenários (hangares e corredores, sempre) e as piadas ("tenho um BOM pressentimento sobre isso", "esses não são os escravos que você procura") que todo mundo identifica logo de cara.

Com exceção de um cenário inédito na saga - Cymoon 1, uma lua empoeirada que o Império usa como estaleiro e complexo industrial - a história não apresenta muitas variações do que nos acostumamos a ver de Star Wars em outras mídias: Aliança Rebelde e Império entrando e saindo de órbitas, planos de ataque-e-recuo, em confrontos rápidos que, vez ou outra, envolvem sabres de luz de cores distintas.

Obviamente, há ainda nessa fase de Star Wars o inegável frenesi dos primeiros enfrentamentos entre Luke e Darth Vader, cujo parentesco só será conhecido por Luke três anos depois da destruição da primeira Estrela da Morte. A mítica que ainda envolve o vilão deve ser um dos pontos fortes da HQ de Aaron e Cassaday, mas precisava mesmo ficar com os mesmos tiroteios em corredores de sempre? Por que essa muleta (construir e reutilizar corredores era uma forma de baratear filmes de ficção científica antes da computação gráfica) persiste em outras mídias? Onde estão os cenários grandiosos que a imaginação nos quadrinhos proporciona?

(Cotação: 3 ovos)

Nota do Crítico
Bom

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