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CCXP 2015 | "Preferia morrer de fome do que não trabalhar com quadrinhos", diz Frank Miller em painel

Convidado homenageado da CCXP fez leitores chorarem

04.12.2015, às 19H58.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H35

Quem conhece o trabalho dele nos quadrinhos sabe que Frank Miller é um mestre na economia narrativa: contar mais com menos. Quem conhece Frank Miller ao vivo, como aconteceu no painel de tributo à sua carreira nesta sexta-feira na CCXP - Comic Con Experience 2015, descobre que ele é extremamente econômico nas palavras. Com respostas que às vezes resumiam-se a "sim" e "não" - sabendo que estava sendo mordaz - Miller divertiu o auditório Cinemark lotado.

Apesar do painel tratar de grande parte de sua carreira - desde os primeiros gibis que leu na vida até os próximos projetos -, falou-se bastante de Cavaleiro das Trevas III. Miller voltou ao discurso que vem adotando nas últimas semanas, dando a entender que a série é mais de Brian Azzarello do que dele. "Mal posso esperar para ver o que o Brian vai fazer no encontro de Batman e Superman na série", disse. "Mas tenho que dizer que li o roteiro dele e é muito bom".

Na HQ em si, o roteiro é creditado a Miller e Azzarello, com desenhos de Andy Kubert.

Miller diz que ainda quer fazer uma grande história do Superman. "Sempre gostei mais do Batman, porque ele é mais malvado. Mas o Superman tem seu apelo, pelo bom-mocismo. Na minha história do Superman, o Batman vai ser um vilão".

Miller também confirmou que seu próximo projeto é Sin City: 1945. A história, segundo ele, trata de um agente secreto americano enfrentando um nazista na cidade do pecado.

Mais algumas respostas rápidas de Miller durante o painel:

Sobre o começo de carreira: "Minha mãe diz que eu tinha 5 anos quando anunciei que ia desenhar gibi. Eu preferia morrer de fome do que não trabalhar com quadrinhos. Quando eu comecei, ninguém vivia disso – você tinha quadrinhos como um trabalho extra. Eu fui um dos primeiros da minha geração que pôde viver de quadrinhos".

Sobre mudar-se para Nova York para trabalhar com quadrinhos: “Minha primeira impressão da cidade foi de um grande parque de diversões. Ainda acho isso. Um parque de diversões horrível e fantástico”.

Sobre assumir a série do Demolidor quando ela estava à beira do cancelamento: “Eu gostava do fato que o poder dele era não enxergar. Eu cheguei para a Marvel e pedi para ficar com a série. Depois que eles pararam de rir, me deram o serviço”.

Ele assistiu ao seriado do Demolidor na Netflix? “Não”.

E sobre Elektra na segunda temporada do seriado: "Podem chamar do que quiserem, mas não é ela".

Ainda sobre o seriado de Demolidor: "Eu acho muito bom que seja uma adaptação para TV, porque a TV é uma mídia mais de atores do que diretores, e uma história como 'Queda de Murdock' [que pode ser uma das bases da próxima temporada] precisa de um atuação forte".

Cavaleiro das Trevas é das suas obras preferidas? "Sim, é. Mas ainda sou muito jovem para ter uma obra-prima".

Pergunta de um fã: "Por que precisamos de heróis como Batman e Superman hoje?". Miller: "Essa é a pergunta que eu mais gosto. Precisamos deles justamente porque você fez essa pergunta".

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