Huck, a nova série do roteirista Mark Millar, que tem o brasileiro Rafael Albuquerque como desenhista e começa a sair nesta quarta-feira nos EUA pela Image Comics (veja as primeiras páginas abaixo), foi criada como reação a O Homem de Aço.
Em um artigo no GamesRadar, Millar escreve que ficou empolgado com a fase de teor mais maduro que tomou os filmes de super-herói nos anos 2000 - "eu estava na primeira fila na sinistra sequência de abertura de X-Men em Auschwitz" - mas sente que essa fase chegou a um ponto de saturação no filme de 2013. "Quando vi Superman quebrando o pescoço do vilão e matando-o eu me perguntei se tínhamos chegado ao fim dessa fase. Aquela cena faz sentido no contexto do filme, mas mesmo assim. É o Superman. Foi como ver Sylvester finalmente pegando o Ligeirinho, ou Hortelino explodindo Pernalonga."
Segundo Millar, o filme o fez refletir sobre a natureza dos super-heróis criados na Grande Depressão para "elevar nossos espíritos em épocas sombrias". "Eu adorava o Superman quando criança não porque ele podia ser radical ou tinha poder de uma solução fatal, mas porque ele podia fazer o que quisesse e ainda assim escolheu ser bonzinho. Pra mim isso sempre foi a moral de uma HQ de super-heróis", diz.
Obviamente, o autor quer vender seu peixe: "Huck é o antídoto a esses anti-heróis. Vai ser uma experiência interessante [ver a HQ começar nesta semana]".
Capa da nova HQ de Mark Millar homenageia Os Goonies
Huck é protagonizado por um sujeito com superpoderes e "dificuldade de aprender" que só pensa em fazer o bem, numa pequena cidade dos EUA que mantém sua identidade secreta, até que sua faceta de super-herói é exposta na mídia. Uma adaptação ao cinema já está em curso - leia mais.
