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Lembra desse? <i>A princesa e o cavaleiro</i>

Lembra desse? <i>A princesa e o cavaleiro</i>

01.10.2002, às 00H00.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 13H13
Durante os saudosos anos 70, uma história medieval ajudou a definir os padrões da animação japonesa aos olhos ocidentais. Uma das séries animadas mais populares do Japão, seu título era A princesa e o cavaleiro. Baseava-se num mangá dos anos 50 criado por Osamu Tezuka (falecido em 1988 aos 60 anos), aclamado ainda em vida como o Deus do Mangá.

A série era uma fábula que contava a história de Safiri, uma princesa criada como menino. Tal situação era mantida para que ela pudesse, um dia, suceder a seu pai no trono da Terra de Prata e assim impedir as ambições do Duque Duralumínio, primo do Rei, que sonhava em colocar no trono seu filho retardado chamado Plástico. Contando com a ajuda do anijnho Ching (Tinku, no original), Safiri lutava pela paz na Terra de Prata.

Quando necessário, ela se disfarçava no herói mascarado Cavaleiro Vingador (que sempre aparecia com uma música animalesca ao fundo), agindo contra os planos do Duque Duralumínio e seu assistente Nylon ou ameaças ainda maiores, como a poderosa Unidade X. A valente princesa ainda podia contar com a ajuda de seu amado, o Príncipe Franz da Terra do Ouro, que havia descoberto seu segredo e fazia de tudo para protegê-la. Espreitando Safiri, havia ainda o demônio Satã, que pretendia arrancar o coração dela e dá-lo à sua filha Heckett, que rejeitava a maldade do pai e era uma bruxinha bondosa. A série tinha histórias antológicas, como a da loba que criava carneirinhos, a ilha dos gatos selvagens, o cisne encantado, o ladrão Gilba, que voava em uma pipa, e muitas outras aventuras criativas e marcantes.

Com um dos finais mais dramáticos que um desenho já teve, repleto de mortes, traições e reviravoltas, o seriado pode ser considerado uma obra-prima do começo ao fim. Mesmo que a animação seja precária e datada, o roteiro, a ambientação e a trilha sonora permanecem entre os melhores dentro do mundo dos animês.

A série foi reprisada na TV Record até o início dos anos 80, tendo marcado a infância de muita gente que hoje está na faixa dos trinta anos. Na segunda metade dos anos 90, boa parte da série foi lançada em vídeo pela Intermovies, com a brilhante dublagem original preservada. Sobre essa dublagem, ainda há uma história curiosa: boa parte dos scripts da época foram perdidos, o que obrigou o diretor de dublagem Gilberto Baroli (que fazia a voz do vilão Satã), a improvisar novos roteiros baseado em seu conhecimento da série. Isso gerou diálogos totalmente originais - e bons, inclusive - mas que deturparam o sentido do texto original.

E agora, para marcar os 35 anos de criação da série de TV, o mangá original está sendo publicado no Brasil pela editora JBC. (leia mais aqui)

Ficha Técnica

Título original: Ribon no kishi (O cavaleiro da fita)

Estréia no Japão: 02/ 04/ 1967 (TV Fuji)

Número de episódios: 52

Criação: Osamu Tezuka

Roteiro: Osamu Tezuka, Masaki Tsuji, Kappei Noh

Trilha sonora: Isao Tomita

Direção: Masami Hata, Osamu Tezuka, Yoshiyuki Tomino e Sadao Tsukioka

Direção geral: Chikao Katsui

Realização: Mushi Productions

Emissora no Brasil: TV Record

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