Séries e TV

Artigo

Jonathan Strange & Mr. Norrell | Nossa série "não é como Once Upon a Time, que você não aguenta mais", diz produtor

Elenco e equipe falaram sobre o programa de fantasia na MCM London Comic Con

26.05.2015, às 11H58.

Jonathan Strange & Mr. Norrell, livro de fantasia criado por Susanna Clarke, virou minissérie que está sendo exibida pela BBC One. Durante a MCM London Comic Con, um painel reuniu Bertie Carvel (Coalition, Doctor Foster, Matilda), que interpreta o protagonista Jonathan Strange; Paul Kaye (Game of Thrones), que faz Vinculus; o roteirista Peter Harness (Wallander, Doctor Who, Is Anybody There?); o diretor Toby Haynes (Sherlock, The Musketeers, Doctor Who) e o produtor Nick Hirschkorn (Skellig, Five Children and It).

None

Bertie Carvel, premiado ator do teatro inglês, elogiou o trabalho da equipe de roteiristas e descreveu a série como "Rei Lear com mágica". Continuando sua comparação com os palcos, Carvel disse que de uma certa forma a série se parece muito com uma peça. "Todo mundo tem que estar ali dando 100% do seu sangue o tempo todo para funcionar como funcionou", complementou.

Paul Kaye, que descreveu seu personagem como um charlatão, disse que buscou inspiração no roqueiro Iggy Pop. "Ele é um cara que não está nem aí pelo que vem para frente", disse.

O primeiro episódio foi exibido na semana passada pela emissora inglesa e bem recebido pelos fãs do livro. "A primeira coisa é que queríamos ter certeza de que não ia ser uma merda, e depois cuidamos para que cada personagem tivesse seu arco bem desenvolvido", disse o produtor.

O diretor Toby Haynes comentou seu trabalho por trás das câmeras. "Tínhamos que ser muito inteligentes em como gastar nosso orçamento, porque não tínhamos o tipo de dinheiro que se gasta em Game of Thrones, por exemplo. Então usamos coisas simples como mudar um foco aqui, iluminar ali para ajudar a criar os efeitos".

E dois clipes do segundo episódio foram exibidos nos telões do auditório. No primeiro, Strange chega à praia e dá uma demonstração de seus poderes, ajudando um navio que estava encalhado em um banco de areia. No segundo, Stephen Black (Ariyon Bakare) fica sabendo da profecia que pode levá-lo a se tornar o rei da Inglaterra e é levado a um bizarro baile vitoriano.

O tom da série, entre o sombrio, o bizarro e o cômico, foi bastante comentado durante o bate-papo. "Estávamos mais preocupados em manter o tom do livro do que fazer uma adaptação literal", disse Peter Harness. "É fácil ser sombrio. Já ser engraçado é bem mais difícil. E é muito difícil também fazer um personagem sensível, e creio que haja espaço para isso aqui", completou.

Nick Hirschkorn acrescentou que ao equilibrar intensidade, emoção e toques de humor eles construíram algo diferente do que se vê por aí hoje em dia. O produtor lembrou também que o primeiro episódio de uma série normal é geralmente melhor do que os seguintes, pois ele é usado para vender a ideia aos executivos. "Nós queríamos que cada episódio fosse melhor do que o anterior. E acho que conseguimos. Não é como Once Upon a Time, que depois de um tempo você não aguenta mais", comparou.

Apesar dos direitos de adaptação do livro terem sido vendidos inicialmente para o cinema, Hirschkorn disse também que não acredita que o livro funcionaria na telona. "Quando li o livro, já enxergava uma história de umas seis horas. No cinema teriam que correr com a história e iam estragar tudo", disse.

Sobre uma segunda temporada, o produtor disse que "Susanna teria que escrever um outro livro para termos uma continuação - e ela levou dez anos para fazer este."

Omelete no Youtube

Confira os destaques desta última semana

Omelete no Youtube

Confira os destaques desta última semana

Ao continuar navegando, declaro que estou ciente e concordo com a nossa Política de Privacidade bem como manifesto o consentimento quanto ao fornecimento e tratamento dos dados e cookies para as finalidades ali constantes.