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True Blood - 7ª Temporada | Crítica

O amor é a morte verdadeira

25.08.2014, às 19H13.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H47

Se na temporada anterior os roteiristas começaram a reduzir as tramas de True Blood, nesta sétima e última todos os excessos foram sublimados para dar lugar à despedida emocional de uma das séries mais controversas da atualidade.

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Não há dúvidas que o excesso de tramas prejudicou o andamento da história a partir da terceira temporada, mas nesta as coisas voltaram a ser simples ao focar nos dramas dos moradores de Bon Temps. Embora o clima apocalíptico causado pela hepatite vampiresca tenha chegado à cidade, as tramas se mantiveram no psicológico de seus personagens, criando um clima de isolamento do restante do mundo. É assim que surgem as revoltas entre os próprios moradores e a constatação de Sookie e sua trupe de que as cidades ao redor estavam devastadas. Era necessário recomeçar.

Para esse recomeço, alguns personagens tiveram que retornar e outros partir Tara e Alcide, já sem algum propósito na trama, deram adeus de forma repentina, como a morte tem que ser. Nesse clima de despedidas, vimos Sookie mergulhar em questionamentos existenciais e filosóficos a respeito de sua própria natureza. O processo de evolução de Sookie foi o foco da temporada, mostrando o quanto as atitudes da fada geraram consequências na vida dos que ama e na vida de todos na cidade. A reaproximação com Bill foi necessária para colocar um ponto final na trama principal da série.

As reviravoltas em Bon Temps começaram com a chegada de Bill e sua despedida encerrou com equilíbrio um ciclo narrativo. A lição para Sookie é que depois de tanto tempo e sofrimento para aceitar quem ela é, não valia a pena desistir de tudo por causa do amor. Despedidas foram necessárias.

O ponto alto do último ano foi a trama de Eric Northman, sua eterna parceira Pam e a caça a Sarah Newlin. A conhecida crítica social e religiosa da série estiveram presentes, assim como alguns elementos de bizarrice. Entretanto, a trama demorou a engatar e as soluções foram fáceis e rápidas como se precisassem encerrar uma história que não era o foco. Outras tramas como a de Sam, Jessica, Jason e Arlene também foram encerradas às pressas.

True Blood sempre apresentou uma história onde personagens comuns e ordinários se deparam com o sobrenatural, sem nenhum glamour ou embelezamento. No fim, com a partida de Bill e tudo o que ele trouxe consigo, a calmaria da vida ordinária voltou a dominar.

Por fim, foi uma temporada que conseguiu, ainda que aos trancos e barrancos, finalizar as tramas de seus personagens e celebrar a vida existente na pequena cidade. Não foi o melhor series finale da história da TV, mas foi coerente com o espírito da série.

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