Érico Borgo, em uma entrevista exclusiva, conversou com Benedict Cumberbatch sobre Além da Escuridão - Star Trek (Star Trek Into Darkness), durante sua visita aos estúdios Bad Robot. O ator falou sobre seu personagem, os desafios para interpretá-lo e se era fã de Star Trek.
Oi, como você está?
Benedict Cumberbatch: Eu estou bem e você?
Estou muito bem, obrigado. Então, você se sentiu bem-vindo ao embarcar na U.S.S. Enterprise?
BC: Sim. Eu me senti. Há... Quem eu estou interpretando, já é uma entidade questionável em si, mas, como ator, eu me senti muito bem-vindo. Foi uma coisa pelo menos assustadora, porque eles têm uma ligação incrível por causa do primeiro filme, da sua publicidade também e do sucesso que tiveram com ele. Eu acho que amizades para a vida inteira já haviam sido feitas, então eu senti que eu estava invadindo a festa e falando: "Oi." Mas eles foram muito acolhedores e J.J. Abrams faz sempre parecer ser uma família. Ele me fez sentir incluído logo no início e todo mundo do elenco. Sim, espero que eu tenha amigos para a vida toda deste filme, porque é um grupo adorável, talentoso e brilhante.
Você era fã de "Star Trek"?
BC: Mais ou menos, sim. Eu sabia da sua existência e eu gostava de assistir a episódios na televisão. Eu não tenho nenhum conhecimento enciclopédico sobre a série. Eu nunca fui um fã obsessivo de nada, mas... Sim, é algo incrível para entrar. E eu me sinto muito humilde por isso. Eu... Com os episódios que eu vi e com os filmes que eu vi, especialmente os episódios, especialmente os episódios da primeira série de TV, que é o que J.J. trouxe muito para o filme. Ele trouxe a vida a moralidade do programa, que são histórias com muito propósito, não são apenas sobre o espetáculo. Elas são levadas pelos personagens, criam um paralelo com a vida na Terra, algo que tenha a ver com a nossa vida e não algo que esteja jogado no Universo que estão somente no mundo sci-fi. Elas têm um apelo universal. E isto é para as pessoas da Terra se relacionarem e... Sim, eu simplesmente... Eu fiquei muito lisonjeado, para ser honesto, por fazer parte disso.
E onde você foi buscar inspiração para seu personagem, John Harrison?
BC: O roteiro, principalmente, mas, vendo a realidade de hoje, infelizmente é uma verdade, terrorismo não é algo que está longe de nós no mundo ocidental ou em qualquer lugar do mundo. E, eu acho... Sim, havia inúmeros exemplos na minha mente, de qualquer forma, de onde ele estava vindo politicamente. E, tirando isso, eu não pesquisei nada sobre o passado ou presente de "Star Trek". Eu simplesmente... Eu queria que isso fosse um acordo entre eu, J.J. e este elenco desta Enterprise. E... Sim. Então, a pesquisa foi um pouco limitada neste filme, mas eu trabalhei muito no meu físico, corpo e no meu preparo. Fiz incontáveis ensaios de ação... para sequências de ação e efeitos. E treinei muito para me fortalecer e ser o guerreiro que este homem é. Ele é uma máquina de destruição em massa em um homem, tanto fisicamente, em combate, quanto com armas e psicologicamente também. Ele é realmente... Sim, ele é muito manipulador. Ele consegue plantar uma ideia tão eficaz quanto uma bomba na mente das pessoas e romper lealdades que estão frágeis, confundir ideias ou... qualquer coisa que ele precise para manipular a situação. Então, isto foi bem legal, junto com toda ação.
Parece emocionante.
BC: Sim, foi. Ainda é. Espero que seja ótimo.
Você acha importante mantermos "Star Trek" vivo para as próximas gerações, novas gerações?
BC: Eu não vejo porque não. Eu acho que o primeiro filme provou que há um novo público para ele, junto com um público antigo. Então, sim, eu acho. Eu acho que é uma ótima franquia. Eu acho que o que J.J. fez foi simplesmente dar uma perspectiva nova e moderna. E enquanto estamos meio nesta... gênesis desta era de "Star Trek", eu acho que respeita muito a essência de "Star Trek", então... Sim, espero que dure bastante. "Vida longa e próspera". Até eu posso dizer, não?
"Vida longa e próspera". Tirando a parte física... que outros desafios o personagem trouxe a você?
BC: Deus! Bom, este é um grande filme para eu estar, mas qualquer seja a escala do filme, eu sempre o tratei como um novo começo. Então, havia cenas fantásticas que eram muito baseadas nos personagens e tinham muitos diálogos, grandes tensões, então, isto foi fantástico. Eu realmente trinquei os dentes em algumas... cenas boas, realmente ótimas. Mas, sim, é um filme muito, muito grande, então, foram muitas horas de gravação e... também alguns jogos engraçados, mas... ao mesmo tempo, no meio de tudo, isto sempre pareceu... ser fácil para J.J. Realmente é. Você se sente muito confortável trabalhando com ele. É ótimo.
Certo. Obrigado.
BC: Obrigado.
Muito obrigado.
BC: Prazer em conhecê-lo.
Além da Escuridão - Star Trek estreia 14 de junho nos cinemas.
